POLÍTICA
Pinato apresenta projeto para endurecer penas contra fraudes em combustíveis e bebidas
Pinato apresenta projeto para endurecer penas contra fraudes em combustíveis e bebidas
Cria sistema nacional de controle e enquadra adulteração como crime hediondo
Cria sistema nacional de controle e enquadra adulteração como crime hediondo
Foto: Arquivo / Fonte: Ascom
Da Redação
O deputado federal Fausto Pinato (PP-SP) apresentou um Projeto de Lei inovador que cria o Sistema Nacional de Rastreabilidade do Metanol (SNRM) e endurece o Código Penal contra adulteradores de combustíveis e bebidas. O PL 4978/2025 surge como uma resposta política firme a um problema estrutural no Brasil: o uso ilegal de metanol em bebidas e fraudes na cadeia de combustíveis, que têm provocado mortes, prejuízos econômicos e danos ambientais graves.
A proposta estabelece um controle rigoroso sobre toda a cadeia do metanol — da produção ao uso final — com emissão de notas fiscais eletrônicas georreferenciadas, rotulagem digital com QR Code e checkpoints obrigatórios em cada etapa do transporte.
Empresas que descumprirem as regras estarão sujeitas a multa de R$ 20 milhões, suspensão da autorização, cassação do CNPJ e confisco imediato dos bens utilizados nos ilícitos.
O Poder Executivo terá 180 dias para regulamentar os procedimentos técnicos do sistema, que promete fechar brechas logísticas e fiscais exploradas por redes criminosas.
“Estamos falando de proteger vidas, garantir concorrência leal e restaurar a confiança da população. O país não pode mais tratar esse tipo de crime como algo menor”, afirma Pinato.
Punições mais duras e enquadramento como crime hediondo
A proposta altera o Código Penal e a Lei dos Crimes Hediondos para enquadrar:
• Adulteração de combustíveis;
• Uso de metanol em bebidas e alimentos;
• Manipulação fraudulenta de bombas de abastecimento.
As penas previstas são de 8 a 15 anos de reclusão, além de multa e perda automática do CNPJ e inscrição estadual. Em casos com vítimas, os responsáveis responderão por homicídio qualificado ou lesão corporal grave.
“Não é só uma questão econômica. É saúde pública, é segurança alimentar, é respeito ao consumidor. O Brasil precisa punir de verdade quem lucra colocando vidas em risco”, defende Pinato.
Impacto direto na saúde pública e na economia
A contaminação por metanol já provocou surtos em estados como Pernambuco, São Paulo e Paraná, com internações, casos de cegueira e mortes confirmadas. O Ministério da Saúde está investigando casos em 12 estados.
No setor de combustíveis, fraudes chegam a reduzir em até 10% o volume entregue aos consumidores, configurando furto qualificado e prejudicando a arrecadação e a concorrência leal.
A expectativa é que o projeto fortaleça a fiscalização, amplie a segurança jurídica para empresas sérias e coloque o Brasil na vanguarda do combate a esse tipo de crime.
Fonte: Ascom Fausto Pinato