Por Diário de Votuporanga
O Tribunal de Justiça condenou, na última segunda-feira (11) por homicídio culposo, sem intenção de matar, uma das médicas que atenderam a estudante que morreu em 2011 depois de passar por um processo para doar medula óssea no Hospital de Base de São José do Rio Preto.
Segundo a sentença, Flávia Leite de Souza foi a responsável por colocar o cateter que provocou a hemorragia em Luana Neves Ribeiro. No ano passado, a médica tinha sido julgada em Rio Preto e absolvida, mas o Ministério Público recorreu e agora ela foi condenada a dois anos e oito meses, mas que foi revertido em pagamentos de salários para a família.
A outra médica envolvida no caso, Érika Rodrigues Dellate, responsável por fazer o acompanhamento de Luana depois do procedimento, já tinha sido condenada e agora teve a pena aumentada. O advogado dela tinha recorrido da sentença de dois anos de prisão em primeira instância, que foi elevada para dois anos e oito meses pelo TJ. Mas a decisão também reverteu a pena em pagamento de salários para a família. Os advogados das médicas disseram que vão recorrer da decisão.
O CASO
Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, era estudante de enfermagem e tinha 21 anos. Ela morreu no Hospital de Base de São José do Rio Preto após procedimento para doação de medula óssea em julho de 2011. Segundo a família, exames apontaram a compatibilidade do material dela com o de uma criança do Rio de Janeiro, que precisava da doação. Por isso, ela decidiu se submeter à cirurgia.
Luana sofreu uma parada cardiorrespiratória antes de fazer a doação. Um cateter foi colocado no pescoço da paciente e horas depois ela sentiu fortes dores. O atestado e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram o erro médico. Luana teve a veia jugular perfurada, várias vezes.