Por João Leonel
Marcos Scaldelai preside o LIDE Rio Preto - unidade do Grupo de Líderes Empresariais voltada ao Noroeste Paulista -, desde agosto do ano passado. Foi considerado um dos jovens executivos de maior destaque no Brasil pela Revista Forbes. Formado em Propaganda & Marketing, Scaldelai já atuou em grandes companhias. Ingressou na Bombril em 2010, como diretor de Marketing, foi diretor comercial e tornou-se presidente em 2013, aos 36 anos.
Em 2015, publicou seu primeiro livro, chamado “99,9% não é 100%. Você pode mais!”. Tema de suas palestras, em apenas nove meses a publicação recebeu o título de best-seller, ultrapassando a marca de 15 mil exemplares vendidos. Em 2015, foi nomeado pela Abramark (Academia Brasileira de Marketing) integrante do Hall da Fama do Marketing do Brasil.
O LIDE foi fundado em 2003 por João Dória Jr. e é formado por líderes empresariais de corporações nacionais e internacionais, que se preocupam em sensibilizar o empresariado brasileiro para a importância de seu papel na construção de uma sociedade ética, desenvolvida e consciente.
Atualmente, o Grupo conta com unidades regionais, internacionais e setoriais, totalizando 26 frentes de atuação, incluindo 90 jovens empreendedores filiados ao LIDE Futuro Rio Preto.
Confira a entrevista exclusiva deste sábado com Marcos Scaldelai, que estará em Fernandópolis no próximo dia 28 de julho durante o primeiro “Café da Manhã com o LIDE”, encontro promovido em parceria com a Prefeitura e que reunirá filiados do LIDE Rio Preto e empresários no Hotel Serata.
EXTRA: Atualmente, das cerca de 90 empresas filiadas ao LIDE de Rio Preto e que movimentam R$ 13 bilhões anualmente, quantas possuem investimentos em Fernandópolis e qual o volume de recursos?
SCALDELAI: O LIDE Rio Preto possui 11 Empresas Filiadas de Fernandópolis, que faturam quase R$ 1 bilhão.
EXTRA: Há algum setor específico em Fernandópolis que desperte interesse empresarial do LIDE?
SCALDELAI: O LIDE é composto de empresas dos mais variados segmentos. É uma plataforma de relacionamento entre grandes líderes de todos os setores. Quando eles se encontram, as oportunidades são geradas. Portanto, não há um foco de atuação muito específico para o qual estamos direcionando nossas atenções em Fernandópolis. No entanto, não podemos negar que a cidade de Fernandópolis tem empresas que representam fortes setores do interior do Estado de São Paulo, como indústrias moveleiras, de destilaria, entre outros. São áreas em crescimento na região. Então, naturalmente, é importante ficar atento a isso.
EXTRA: Quais os principais aspectos que vocês – do grupo empresarial – levam em consideração como preponderantes no momento de escolher o município para receber investimentos?
SCALDELAI: De acordo com o evento realizado em abril* com prefeitos, os empresários buscam municípios que os abracem na questão do Desenvolvimento em suas regiões e que não apresentem burocracias. Cada empresa tem a sua estratégia para escolher uma determinada cidade ou região para expansão. Mas, de maneira geral, como resultado de uma pesquisa realizada no evento de abril com os prefeitos, quesitos como impostos e taxas, burocracias, etc, são levados em conta.
*Conforme divulgado na Carta Compromisso assinada durante o evento de abril de 2017, o LIDE Rio Preto anualmente fará reuniões com cada um dos 4 principais prefeitos da região para estreitar a relação do setor Público com o Privado. A primeira Prefeitura escolhida foi a de Fernandópolis.
EXTRA: No comparativo regional, exclusivamente sob o prisma empresarial, Fernandópolis possui mais “atrativos” que Votuporanga ou Catanduva ou Jales ou mesmo Rio Preto?
SCALDELAI: Não necessariamente, cada cidade tem seus pontos de relevância.
EXTRA: Há em andamento algum projeto específico para ser desenvolvido aqui na cidade?
SCALDELAI: No momento não.
EXTRA: No campo político, a participação de prefeitos nos eventos do LIDE influencia de que maneira na procura de novos investimentos?
SCALDELAI: Encontros como esse representam uma enorme aproximação do setor Público com o Privado. É uma situação na qual o prefeito se coloca como um CEO da cidade. É uma parceria de duas mãos: quanto mais o setor público entender as necessidades dos empresários, mais estes contribuirão com desenvolvimento e crescimento da sociedade local. É importante que líderes como prefeitos, abram oportunidades na região, fomentando inovações, tecnologia, criando áreas de oportunidades (Distritos Industriais ) e estimulando turismo (aeroportos, hotéis, eventos, etc).
EXTRA: Ainda sobre política: há alguma interferência direta do prefeito de São Paulo, João Doria, no LIDE?
SCALDELAI: O João Doria fundou o LIDE em 2003, um grupo de líderes empresariais que tem como objetivo fortalecer a livre iniciativa, pautado pelos princípios da governança corporativa. Mas, é importante ressaltar que, desde que João Doria se candidatou à Prefeitura de São Paulo (capital), ele se afastou do LIDE. Ele não é mais responsável pelas intervenções e decisões diretas ao LIDE, atualmente. Hoje em dia, o Grupo de Líderes Empresariais é guiado pelo presidente do conselho Luiz Fernando Furlan e pelo presidente executivo, Gustavo Ene.
EXTRA: O LIDE avalia a possibilidade de receber algum tipo de crítica pela proximidade com o nome de João Doria? Ou seja, o LIDE corre o risco de ser taxado como "parcial" por possuir uma "preferência política" em relação a Doria?
SCALDELAI: Somos apartidários. Nosso propósito é o do Empresário. Buscamos o desenvolvimento do Brasil. Quem o empresário quiser escutar, nós convidamos independentemente de partido.
