ENTRELINHAS

Os segredos da história da Cervejaria. Por que não deu para Fernandópolis?

Os segredos da história da Cervejaria. Por que não deu para Fernandópolis?

Por Beto Iquegami

Por Beto Iquegami

Publicada há 7 anos

Os segredos da história da Cervejaria. Por que não deu para Fernandópolis?

A repercussão foi imensa, transbordando, inclusive, os limites territoriais fernandopolense, regional e até estadual, chegando até na alta cúpula administrativa do Palácio dos Bandeirantes e, face à envergadura dos acontecimentos, à qualificação dos envolvidos e ao volume de investimentos e empregos em questão, merece nova menção. Referimo-nos à informação exclusiva nestas linhas produzidas na coluna passada cravando a perda da nova unidade da cervejaria que atualmente tem sede em Petrópolis e é capitaneada por um empresário fernandopolense e que investirá pesado em Três Lagoas-MS. Serão R$ 200 milhões para a construção de nova fábrica e outros R$ 200 milhões de uma unidade produtora de embalagens. Juntas gerarão cerca de 950 empregos diretos. Adentremos aos detalhes.


O que pesou na escolha de Três Lagoas: governos estaduais definiram o jogo

Preliminarmente, continuaremos a não denotar o nome do empresário envolvido, face à cláusula de sigilo que acordamos, embora a essa altura dos acontecimentos, cinge-se a duas hipóteses: Walter Faria e Cléber Faria. E na decisão empresarial prevaleceu a racionalidade: o governo estadual sul-mato-grossense entrou pesado na disputa. Além de isenções tributárias (que Alckmin não quis bancar - basta lembrar que a concorrente Ambev está entre os maiores recolhedores de impostos no estado paulista - e sem desfrutar de qualquer isenção), ainda haverá pesado financiamento das obras por parte do banco estadual de MS, em condições subsidiadas, com as quais SP não poderia concorrer. E ainda temos a desoneração tributária de impostos municipais e toda obra de infraestrutura a cargo da Prefeitura.



Ibope inteligência: o menos confiável


Bombeiros em alta, políticos em baixa

O Ibope enviou-nos ontem sua mais recente pesquisa sobre o índice de confiabilidade da população brasileira em suas instituições. Realizada pelo seu departamento de “Inteligência”, a amostra ratificou os Bombeiros como a organização que os brasileiros mais têm apreço. Na sequência vieram as Igrejas, Polícia Federal e Forças Armadas. No polo oposto estão os políticos. Eles ocupam as quatro últimas posições do ranking, sendo a Presidência da República a instituição menos confiável, seguida dos Partidos Políticos e, na antepenúltima colocação, o Congresso Nacional. Os governos municipais ficaram na 14ª colocação. Interessante que o Ministério Público e a Justiça são, segundo a população, menos confiáveis que a Polícia.


Região na mira da Justiça
Na próxima sexta, dia 4, 13 prefeitos da região estarão em audiência na 1ª Vara Cível de Fernandópolis. O motivo da convocação é uma tentativa de conciliação relativa a uma Ação Civil Pública instaurada em 2006.
 
Santa Casa mais uma vez
Os 13 municípios usufruem dos serviços da Santa Casa fernandopolense e muitos deles estão em atraso com os repasses para o Pronto Socorro. Eterno contencioso que o juiz Fabiano Moreno tentará solucionar.

Pesquisa. Ora... Mais uma
Sempre é preciso valorar adequadamente qualquer pesquisa, mas vamos ao tema. Levantamento feito pelo Índice de Bem-Estar Urbano dos Municípios-UBEU, divulgado semana passada, trouxe Jales como o 38º município .

E tem mais!
Esse mesmo ranking nacional trouxe Fernandópolis na 79ª colocação, Votuporanga 10ª e, para surpresa geral, Santa Salete na 2ª, Dirce Reis na 4ª, Santana da Ponte Pensa na 5ª e Mira Estrela na 13ª. Sinceramente...

Lojas Americanas lá
A informação é de bastidores, portanto não ratificada oficialmente e indica que as Lojas Americanas abrirá uma filial em Jales. O local seria o prédio da antiga loja Miragem. Outros dois supermercados podem pintar por lá.

Contrato de R$ 303 milhões
Uma empresa da região faturou um dos mais disputados contratos públicos corrente: R$ 303 milhões para operar o serviço público de iluminação em Açailândia-MA pelo prazo de 35 anos. Até aqui nada demais.

Se não fosse
O detalhe é que até mês passado a empresa se chamava Luzes de Urânia, com endereço na cidade de Urânia onde supostamente nunca funcionou nenhuma empresa. E mais! No cadastro da Prefeitura, nada de registro empresarial.

Cadê as medalhas?
Junto com a delegação de atletas fernandopolenses que disputaram os Jogos Regionais em Andradina chegou uma enorme decepção: apesar do desempenho, não receberam uma única medalha. Problemas na licitação, informou-nos a Secretaria Estadual de Esporte.

Execução de R$ 97 mil
E o TJ-SP confirmou prosseguimento a processo de execução contra o ex-prefeito ouroestense Nelson Pinhel, condenado em ação de improbidade administrativa já transitada em julgado. Segundo o Ministério Público, o valor bate na casa dos R$ 97 mil.

Refis de “mentirinha” fracassa
Prorrogado, o Refis da Prefeitura de Fernandópolis agora termina em 31 de agosto. Informações indicam que foi baixíssimo o volume de adesões. O grande problema é a quitação em pagamento único e à vista, dissimétrico a todos outros na região, estado e até o da União. Em tempos de crise...

Perguntar ofende?
- Eu quero saber o que, de efetivo, esse evento trará para a cidade?
De um vereador local, presente ao LIDE, aguardando benefícios palpáveis.



frase da semana


Sou um deputado distrital, que trabalha pela nossa região. Não adianta
ficar andando por todo Estado.”


Do deputado Carlão Pignatari, em recente encontro realizado em Macaubal, afirmando que destina todas suas emendas parlamentares para os municípios da região.



MPE acusa Marão de fraudes de R$ 300 mil. E tem fernandopolense no meio



Um grupo de 6 promotores de Justiça impetrou ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Votuporanga, além de secretárias municipais e diversas empresas. Eles são acusados de fraudarem licitações públicas destinadas à contratação de equipamentos de som e luz, arquibancadas, tendas e outros itens para as secretarias da Educação e Saúde através de diversas Cartas Convites. Segundo o Ministério Público Estadual, nenhuma das empresas participantes possuía know-how para executar os serviços.


Qualificação dos servidores
O objeto dos contratos era a qualificação de cerca de 500 servidores municipais com palestras e fornecimento de material didático, enquanto que as concorrentes eram “especializadas” em festas de peão, fornecimento de bandas para bailes, além de cobertura e montagem de palcos.
 
R$ 300 mil e muito mais
O pedido dos promotores é pesado: ressarcimento de R$ 300 mil; multa civil de até 3 vezes o valor do acréscimo patrimonial; proibição de contratar com o poder público e suspensão dos direitos políticos por até 10 anos.


E tem fernandopolense...
Dentre as empresas arroladas pelo MPE, uma é comandada por um empresário fernandopolense. Ele teria participado das fraudes subscrevendo propostas idênticas a outras apresentadas, com mínimas variações de preços. Ele tem contrato com várias prefeituras na região, sobretudo em shows artísticos.

Até serviço inexecutado
Segundo os promotores, numa das licitações, até o serviço não teria sido executado. Afinal se trata de um seminário educacional que fora marcado para 22/12/2009, período em que os professores estavam em férias.



Recesso? Que Recesso? Vereadores trabalham nas férias sem verbas extras



Populismo à parte, do qual já fizemos coro anteriormente (em 2013 quando também pregamos o fim do recesso de julho) e nos penitenciamos pelo erro, eis que novamente os números mostram a inútil discussão do fim ou não do interstício na Câmara de Vereadores. Tornando aos trabalhos na próxima terça, eis que durante o mês a findar, sem receber qualquer tipo de subsídio a mais, os parlamentares municipais acabaram por realizar duas sessões extraordinárias, aprovaram cinco novos projetos de lei e ainda apresentaram um total de 20 ofícios (dentre Indicações e Requerimentos) dirigidos às mais diversas autoridades, além de já terem protocolado cerca de 30 documentos para a próxima sessão. Como se vê, discussão fútil frente às demandas maiores e mais urgentes.



Calamidade pública na Percy Waldir Semeghini
Apesar de ser importantíssima via de acesso para inúmeros cidadãos paulistas e também fonte de escoamento de produção dos estados mineiro e sul-mato-grossense, a rodovia está em péssimo estado de conservação. Há tempos!

Ligando Fernandópolis a Ouroeste e Ouroeste a MG
Se no 1,8 quilômetro do trecho urbano fernandopolense ela recebeu importantes melhorias em 2013, juntamente com a duplicação da SP-320, no restante, até a Ponte de Água Vermelha, apesar de inúmeras promessas, nada foi feito.

Medidas paliativas não! Só recuperação salva
Agora nova esperança surge. Parece que finalmente a Superintendência do DRE reconheceu a inutilidade de recapes parciais e, após pressão de prefeitos da região, deve autorizar, brevemente, um recape integral. Só vendo para crer!



Enquanto isso, nesta semana...


Recorde: só 5% de aprovação



Michel Temer conseguiu quebrar mais um recorde: é o presidente que tem a pior avaliação da história: 5% de aprovação (ótimo ou bom). O recorde anterior era de José Sarney que, em 1987, tinha 7%. Os dados são do Ibope.


Mais um recorde
O governo central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - registrou em junho o recorde negativo de maior déficit da história: R$ 19,7 bilhões. No semestre - R$ 56 bilhões.

Menos mal
Segundo o IBGE, o desemprego caiu no segundo trimestre de 2017. De 13,7%, agora é de 13%. No total são 13,5 milhões de desempregados.


Sem grana para Lava Jato



E o ministro da Justiça Torquato Jardim continua apoiando a Lava Jato. De boca, porque de concreto ela acaba de contingenciar recursos da Polícia Federal, o que, na prática, reduzirá até a quantidade de operações que a instituição poderá fazer. Alegação? Falta de recursos.


Vem mais aumento
E após o aumento dos combustíveis, o Ministério de Minas e Energias anunciou que subirá as conta de luz. Motivo? As termoelétricas que usam diesel para gerar energia elétrica.

Na segunda quinzena
Líderes governistas indicam que a sessão na Câmara dos Deputados que votará o afastamento de Temer ficará para a 2ª ou 3ª semana de agosto.


Calote em réu na Justiça



O empresário Giovane Favieri, réu na Lava Jato, acusa Fernando Haddad, presidenciável do PT, de calote na campanha de 2016 para prefeito paulistano. A dívida é de R$ 2,6 milhões com sua empresa, que fez a comunicação da campanha.




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