Representantes de laboratórios públicos de três Estados e de uma empresa privada de biotecnologia brasileira anunciaram, em Porto Alegre, uma parceria para desenvolver um kit rápido para diagnóstico dos vírus da zika, dengue e chikungunya. 

A parceria envolve a empresa de biotecnologia gaúcha Grupo FK-Biotec e os laboratórios Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul e Laboratório Farmacêutico de Pernambuco.
 

Os pesquisadores estimam que o produto estará disponível para uso da população em nove meses. 

A produção dos kits está em fase de adequação dos testes às amostras brasileiras de vírus, o que dará mais precisão aos resultados.
 O kit será capaz de detectar se o paciente está infectado e também se já teve contato com os três vírus anteriormente. 

Essa possibilidade vai permitir mapear, com mais precisão, os locais de maior incidência desses microrganismos e, futuramente, determinar a imunidade da pessoa para cada vírus.

MÉTODO

A expectativa é que o produto possa ser oferecido à rede pública de saúde por meio de uma parceria de desenvolvimento produtivo (PDP). O preço de cada unidade no mercado deverá ser semelhante ao dos testes para detecção de HIV, que é de cerca de R$ 15. O produto vai funcionar de forma parecida com os testes para detecção do vírus HIV disponíveis no mercado. Com uma pequena amostra de sangue do paciente, por meio de um furo no dedo, será possível visualizar se houve reação entre o sangue e os antígenos presentes no produto. O resultado sai em até 15 minutos.