Afogamento consiste em ser engolido pela água; afundar-se em algum lugar que contém muita água; perder o controle de si mesmo e sufocar com a falta de ar.
A falta de ar provoca sufocamento e a respiração é o que nos mantém vivos. Ao nascer, a primeira preocupação da equipe médica é fazer com que o recém-nascido respire. Ao respirar, o bebê sente que tudo nele queima e lhe dá vida, por isso ele chora e mostra que está vivo.
Quando somos bebês, sabemos respirar. Colocamos para dentro do nosso corpo todo o oxigênio que é necessário para dar energia às nossas células, portanto, para dar vida ao nosso corpo.
A atividade de inspiração e expiração funciona basicamente como uma limpeza do nosso corpo, colocando para dentro gases bons e eliminando gases ruins. No entanto, conforme vamos envelhecendo, vamos parando de perceber a respiração e diminuímos drasticamente o fluxo natural respiratório. Não inspiramos todo o oxigênio necessário e essencial para dar vida as nossas células e energiza-las satisfatoriamente. Sendo assim, seguimos nosso cotidiano usufruindo do mínimo de consciência e vitalidade que podemos ter.
Quanto menos oxigênio no cérebro e no sangue se tem, menos raciocínio temos e mais energia vital o corpo consome. Imagine uma pilha pequena para dar energia a um carrinho de controle remoto de uma criança atentada (risos). Acaba muito rápido a energia.
Nosso corpo consome muita energia durante o dia, por isso, precisa consumir bastante oxigênio. Quando nos encontramos em situações calmas, até conseguimos manter a respiração num ritmo mais ameno e compassado, porém quando nos vemos em situações de estresse, medo ou tristeza, perdemos o controle e quase nos esquecemos de respirar. Nosso coração começa a bater mais rápido, bombeia muito mais sangue e isso, consequentemente, exige mais oxigênio e, pela falta da respiração consciente, falta este oxigênio tanto para nossas células quanto para o nosso cérebro. Por isso, não conseguimos raciocinar direito nestas situações. É aí que acontece o que chamo de afogamento emocional. Somos engolidos por uma enxurrada de emoções e ficamos completamente sem ar e “morremos” por um determinado período até nos acalmarmos novamente e retomarmos o controle sobre nós mesmos.
Respirar conscientemente é um exercício poderoso e que te devolve o controle de si mesmo. Ao se ver em uma situação ansiogênica, de medo ou de raiva, na qual você nota que está perdendo ou perdeu o controle, lembre-se de respirar lenta e profundamente. Na maior parte das vezes, note que a dica sempre é: “Calma! Respira fundo! Vai dar tudo certo!”. Não é verdade? Ou seja, sabemos que o que nos faz retomar o controle é a respiração.
Faça o possível para desligar-se por apenas 1 minuto antes de tomar qualquer tipo de atitude. Pare completamente tudo o que está fazendo e tire o plug da mente da tomada; feche os olhos e inspire lenta e profundamente enchendo completamente seu pulmão de ar e segure um instante o ar e expire também lentamente todo este ar. Faça isso por 1 minuto e certifique-se de estar presente, atento ao ar entrando e saindo do seu corpo e te devolvendo a calma e o controle.
Muitos arrependimentos podem e serão evitados após 1 minuto de respiração consciente. Experimente.