Mais comum em adultos, o acidente vascular cerebral (AVC) também pode acontecer nas crianças. O AVC infantil pode ser dividido em isquêmico, quando há a interrupção do fluxo sanguíneo do cérebro, ou hemorrágico, que acontece quando há o extravasamento de sangue para fora dos vasos.
E assim como nos adultos, as crianças podem ficar com sequelas graves ou mesmo ir a óbito. O derrame, como também é conhecido o AVC, é uma das principais causas da paralisia cerebral na infância.
Médicos alertam que durante o AVC infantil as crianças podem ficar confusas e até desmaiar. Outros sintomas, como perda ou dificuldade para movimentar um dos lados do corpo, convulsão, perda da fala e repuxamento da boca, também são evidências de acidente cerebral infantil.
Um sintoma muito comum observado antes do derrame é a criança começar a repuxar uma das pernas, ou seja, ficar manca do nada. A busca imediata por socorro é fundamental para reduzir as sequelas e também evitar a morte.
AVC infantil tem 25% de causas desconhecidas
Diferentemente do AVC em adultos, o AVC infantil mesmo com algumas causas bem esclarecidas, ainda há 25% dos casos sem origem identificada.
Entre as conhecidas estão as malformações do coração apresentadas logo após o nascimento, que são as chamadas cardiopatias congênitas; doença ou inflamação dos vasos do sistema nervoso central, ou vasculopatias ou vasculites e traumas em acidentes.
Anemias, como a falciforme; malformações dos vasos sanguíneos, complicações de infecções, como em casos de otite ou meningite estão entre o que pode levar ao AVC infantil, da mesma forma, a varicela pode provocar inflamação dos vasos sanguíneos do cérebro e ser causa de um AVC em crianças.
O tratamento depende da causa e da forma da apresentação. Pode ser considerado desde o tratamento de suporte em UTI neonatal para o RN prematuro, até as situações de urgência na criança maior, em que nos casos agudos pode ser necessária craniotomia para retirada do hematoma.
A reabilitação com exercícios e fisioterapia é essencial.