EDUCAÇÃO

Abraça, dança ou 'toca aí' estimula interação dos alunos antes de entrar para sala de aula

Abraça, dança ou 'toca aí' estimula interação dos alunos antes de entrar para sala de aula

Com os símbolos de um coração, duas mãos e uma nota musical pregados na entrada da porta da sala de aula, a galerinha escolhe uma opção e cumprimenta Cacau com um abraço, uma dança ou um "toca aí".

Com os símbolos de um coração, duas mãos e uma nota musical pregados na entrada da porta da sala de aula, a galerinha escolhe uma opção e cumprimenta Cacau com um abraço, uma dança ou um "toca aí".

Publicada há 4 anos

Chegar para estudar na sala da turma do primeiro ano no Sesi Rio Preto tem sido mais divertido. Com uma ideia criativa, a estagiária de pedagogia Camila Canola Guimarães, 19 anos, mais conhecida como a "tia" Cacau entre a turminha de 5 a 7 anos, desenvolveu um cumprimento entre ela e os alunos antes de eles entrarem para a aula.

Com os símbolos de um coração, duas mãos e uma nota musical pregados na entrada da porta da sala de aula, a galerinha escolhe uma opção e cumprimenta Cacau com um abraço, uma dança ou um "toca aí".

A ideia inspirada em uma professora americana conquistou os alunos desde o começo deste ano e viralizou nas redes sociais. Um vídeo postado por Cacau na sua página do Facebook já chegou a 13 milhões de visualizações em dez dias, até esta quarta-feira, 21. Cacau também viu o número de seguidores na sua conta no Instagram saltar de 500 para 2 mil no mesmo período.

A jovem ainda teve sua postagem republicada no Instagram por artistas famosos, como a atriz Glória Pires e recebeu elogios do ator Thiago Fragoso e da jornalista Fernanda Gentil, entre outros.

"Sempre gostei dessa coisa de ter um código antes de entrar na sala. Eu falava para eles dar um pulinho ou um abraço. Tem dia que todo mundo me abraça, tem dias que eles estão mais recuados, e aí eu pensei em fazer isso. Deixar na parede exposto para eles escolherem. Sinto que eles se sentem próximos dessa forma", contou Cacau.

Ex-aluna do Sesi, onde estudou 11 anos, Cacau diz que teve total liberdade da professora Luciana Maria Saura, que comanda a turminha do primeiro ano, para desenvolver a dinâmica afetiva.

"Me senti livre para poder ser amiga deles e tentar uma aproximação. Antes eles ficavam meio recuados, porque não sabiam se podiam confiar em mim. Agora se eu estou sentada em uma mesa fazendo uma atividade, eu preciso ir em outra porque senão começam a chorar", diz.

Cacau conta que o relacionamento dela com os alunos mudou muito depois da prática do abraço, da dança ou do "toca aí".

"Acho que eles se sentem mais acolhidos. Às vezes você tem alguma dificuldade e tem vergonha de expor ela. Depois que começamos a fazer isso eles se aproximaram e agora me chamam e pedem ajuda. Então, acaba que eles se sentem mais amigos e veem que estou próximo deles", explica.

Entre os alunos, a "tia" Cacau virou uma superestrela. "Eu gostei quando ela começou a fazer isso com a gente. E a parte que mais gosto é de abraçar, porque ela é bonita", disse o pequeno Davi Santos, de 6 anos.

"Eu gosto da parte do abraço, porque a gente se sente melhor", afirmou a pequena Laura Constatino, 6 anos.

Além dos alunos, os pais também gostaram da iniciativa da estudante de pedagogia. "É o que mais me deixa feliz. Saber que eles gostaram. Todos eles me deram parabéns e é muito gostoso", conclui.

Para a professora Luciana, tutora de Cacau durante seu estágio no Sesi, a ideia da jovem veio ao encontro dos valores aplicados no colégio.

"A Cacau veio para somar. Era nossa aluna e isso é fruto da nossa efetividade aplicada no Sesi. Depois disso as crianças mudaram, querem mais aproximação. Essa atividade incentiva o aprendizado e a criança que recebe esse afeto busca aprender cada vez mais", finaliza.

Fonte: www.diariodaregiao.com.br

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