CONSERVAÇÃO
Parceria entre Instituto Pró-Carnívoros e AES Tietê capturou onze animais em 2019
Parceria entre Instituto Pró-Carnívoros e AES Tietê capturou onze animais em 2019
Projetos Pardas do Tietê e Lobos do Pardo têm objetivo de conservação e manejo dessas espécies em torno das usinas da companhia
Projetos Pardas do Tietê e Lobos do Pardo têm objetivo de conservação e manejo dessas espécies em torno das usinas da companhia
Da Redação
A AES Tietê investe em projetos de biodiversidade que vão além do compromisso com a proteção dos biomas brasileiros. Exemplo disso é a parceria com a OSCIP Instituto Pró-Carnívoros e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP) do ICMBio/MMA. O projeto tem objetivo de contribuir para o avanço de estudos e pesquisas, cujos resultados poderão ser aplicados em políticas públicas e ações institucionais de conservação ambiental.
Esta parceria se divide nos projetos Pardas do Tietê e Lobos do Pardo, focados no estudo e monitoramento da onça-parda e do lobo-guará, ambas espécies ameaçadas de extinção. Os projetos têm como meta principal compreender os riscos existentes às espécies identificadas no interior do estado de São Paulo e como os animais vivem nas proximidades dos reservatórios.
Pardas do Tietê captura quatro animais
O projeto Pardas do Tietê teve início em 2013 na área de entorno da Usina Hidrelétrica de Promissão, quando a AES Tietê identificou, por meio de imagens de suas câmeras de segurança, a presença de onças-pardas na região. Por se tratar de uma espécie com importante função ecológica, aliada à sua necessidade de grandes áreas e a existência de uma base estável de presas, a presença de onças-pardas geralmente indica que o ambiente ainda oferece boas condições que permitem a sua sobrevivência, assim como a de espécies das quais as onças se alimentam.
Entre 2014 e 2016, o projeto monitorou quatro onças-pardas, dois machos e duas fêmeas. Os animais foram encoleirados com dispositivos GPS com comunicação com satélites, o que permite aos pesquisadores monitorar as onças de forma intensiva e contínua, independentemente da hora do dia ou das condições climáticas. Atualmente em sua segunda fase, iniciada em 2018, o projeto estendeu a área de estudo para o entorno de outras duas usinas hidrelétricas, Ibitinga e Barra Bonita, e já capturou oito novas onças, sete machos e uma fêmea. Somente em 2019, foram capturados cinco animais.
As informações levantadas sobre as espécies e seus hábitos funcionarão como ferramentas de conservação do meio ambiente. Tanto onças como lobos são encontrados no entorno das usinas hidrelétricas da AES Tietê. Os estudos incluem o monitoramento da movimentação dos animais, além de questões relacionadas aos seus hábitos alimentares e sua saúde. Os animais são acompanhados durante um longo período pelos especialistas e pela equipe do departamento de Meio Ambiente da empresa.
Lobos do Pardo dá sequência ao projeto de monitoramento
Em 2019, por intermédio da parceria com a OSCIP Instituto Pró-Carnívoros e com o ICMBio/CENAP, foram analisados dados provenientes de sete animais capturados e monitorados. A amostragem com as câmeras agregou informações importantes para se compreender os hábitos do lobo-guará na área 1, região que engloba principalmente os municípios de São José do Rio Pardo, Mococa e Caconde, além de nortear futuras campanhas de identificação e controle da espécie.
Uma equipe de pesquisadores acompanhou a movimentação dos lobos-guarás na região da bacia do Rio Pardo, por meio de coleiras com GPS com transmissão por satélite e armadilhas fotográficas (câmeras dotadas de sensores de presença, que disparam quando os animais cruzam seu raio de ação) instaladas em locais de possível percurso desses animais. Com os resultados coletados, os especialistas puderam analisar hábitos da rotina da espécie.
Com o acompanhamento dos lobos aparelhados os pesquisadores identificaram a proximidade dos lobos junto as estradas e rodovias, situação que pode gerar riscos à sua sobrevivência. Um dos lobos acompanhados foi atropelado em uma estrada da região em 2018 e não resistiu ao impacto, vindo a óbito. A partir dessas informações, serão desenvolvidas estratégias de prevenção de novos atropelamentos, com o propósito de minimizar o risco de acidentes e, consequentemente, aumentar a chance de sobrevivência do lobo-guará e de outros animais.
Fonte: Assessoria de Imprensa AES Tietê