Da Coluna Entrelinha

Diocese não acata decisão judicial e mantém missas com presença de fiéis

E a belíssima Catedral de Votuporanga (foto acima) continuará a celebrar seus cultos com a presença física dos fiéis no templo. A decisão foi confirma ontem, 16, pelo bispo Dom Moacir Aparecido de Freitas (foto abaixo). Ele afirmou que a igreja continuará a obedecer rígidos padrões sanitários para a preservação da incolumidade física dos fiéis. Dentre as medidas estão o distanciamento social, o uso de máscaras, a higienização de portas e objetos e a manutenção de janelas abertas.

Certo é que a continuidade pregada contraria a decisão judicial obtida pela Procuradoria Jurídica do Estado de São Paulo que obteve liminar proibindo a flexibilização do comércio autorizada pelo prefeito João Dado e que inclui, além do comércio, a abertura de clubes recreativos e cultos em igrejas.

Com previsão de missas para hoje, não há confirmação se o bispo recebeu intimação judicial, mas, certamente, a decisão já é de conhecimento público geral em Votuporanga e também na região. 

Péssimo e desnecessário exemplo (e isso vale para qualquer ação similar) e aguardemos os números da pandemia por lá nos próximos dias. Bispo Dom Moacir de Freitas: cultos ocorrerão normalmente neste domingo. Foto: Divulgação

E por falar em descumprimento à decisão judicial

E por falar em descumprimento de decisão judicial relativa à quarentena (se bem que neste caso não há, propriamente, um descumprimento ainda), há informações da Imprensa votuporanguense que os clubes de recreação por lá estão abertos. Segundo reportagem do jornal Diário de Votuporanga, através de seu portal, tanto o Assary como o Votuporanga funcionam normalmente neste domingo, com restrições sanitárias, é claro.

As direções alegam que não desobedecem qualquer decisão da Justiça pois ainda não foram oficialmente intimados e que também aguardam manifestação da Procuradoria Jurídica do Município.

Dá para concordar com as argumentações?

PF antecipou operação policial envolvendo filho de Bolsonaro, afirma empresário

Paulo Marinho e seu filho, André, com o então presidente eleito Jair Bolsonaro em foto de 2018. Imagem: Instagram

A que nível chegou a República! E isso foi no governo anterior, mais precisamente do ex-presidente Michel Temer.

Um dos maiores colaboradores do então candidato Jair Bolsonaro, o empresário Paulo Marinho, confirmou que a Polícia Federal antecipou para o então senador eleito Flávio Bolsonaro, a realização de uma operação que envolvia Fabrício Queiroz, funcionário do gabinete de Flávio (que era deputado estadual na Assembleia do Rio de Janeiro).

Marinho afirmou que em dezembro daquele ano, com Jair Bolsonaro já vitorioso e prestes a assumir o comando do país, Flávio o procurou e estava "absolutamente transtornado”Ele queria a indicação de um advogado criminal. 

Marinho diz ter ouvido do filho do presidente que soube com antecedência que a Operação Furna da Onça, que atingiu Queiroz, seria deflagrada.

O empresário concorreu nas eleições como suplente de senador junto com Flávio, sendo ambos eleitos. Ele também cedeu sua casa no Rio de Janeiro para a campanha do então deputado federal que até hoje ele chama de "capitão".