Sueno Sato: a primeira vítima fatal da Covid-19 em Fernandópolis. Foto: Facebook
A matriarca da família Sato, Sueno Sato, faleceu na manhã deste domingo, 07, na Santa Casa de Fernandópolis, vítima da Covid-19. A confirmação deu-se por familiares nas redes sociais, sendo que ela se transformou na primeira vítima fatal do coronavirus no município.
Ela estava internada na UTI e era portadora de comodidades.
Seu sepultamento, seguindo instruções sanitárias, ocorrerá com caixão lacrado e sem velório.
HOMENAGENS
Diversas homenagens estão circulando nas redes sociais, dentre elas de Vânia Sato:
"Você foi tão guerreira, lutou e batalhou por tantas pessoas e lugares. Foi um exemplo de mulher. Minha sogra, como sinto de não ter podido fazer mais, de ficar do seu lado nessa hora. Mas tenho certeza que Deus estava segurando sua mão. Sentirei muito a sua falta. Descanse em paz".
TRANSPARÊNCIA
Na última quarta-feira, 03, O Extra.net divulgou manifesto da família Sato sobre o estado de saúde de Sueno, bem como relatos de insultos e as medidas sanitárias adotadas na cafeeira.
Relembre:
Um membro da família Sato, que administra tradicional Cafeeira em Fernandópolis, divulgou no final da tarde desta quarta-feira, 3, nota explicando alguns boatos recentes que envolveram a matriarca da família e a empresa.
No texto, Vania Sato explica que a sogra, Sueno Baba Sato, está doente e que, apesar de ter contraído o novo coronavírus, as condições sanitárias do estabelecimento comercial da família segue todos os protocolos para a doença.
A nota também enfatiza que nenhum funcionário teve contato com Sueno e que todos estão foram orientados para “continuar servindo a população de Fernandópolis”.
CONFIRA O TEXTO NA ÍNTEGRA
Venho esclarecer algumas informações e boatos que estão atingindo diretamente minha família. Quem me conhece sabe que não sou de postar sobre minha vida em rede social e também acredito que isso não seria necessário se não fosse pela maldade do ser humano. Primeiramente sobre o estado de saúde de minha sogra, Sueno Baba Sato, ela estava com problemas de saúde há quase dois meses, problemas cardíacos e depois de um agravamento do quadro de cirrose.
Muitos vão se espantar, pois jamais ela comentava de sua saúde, sempre muito reservada, não saia de casa e não recebia visita se isso desde que começou a pandemia. Meu sogro, que está super saudável, porém muito abalado neste momento, também quase já não ia trabalhar, tudo por conta da pandemia. Foi uma peregrinação nesse último mês entre médicos e exames e até uma internação. Após a hospitalização nós duas ficamos isolados por 14 dias. Sua saúde, muito fragilizada, se fez necessário mais uma vez procurar um serviço hospitalar, onde prontamente fomos atendidas, e no primeiro momento foi sugerido um teste rápido uma tomografia de pulmão. O teste rápido deu negativo e sua tomografia estava alterada, mas a suspeita clínica era de aumento de líquido por conta da ascite, uma complicação da cirrose. Mesmo assim ela foi isolada, e desde então nós não podemos mais vê lá. Seu quadro piorou e está na UTI.
Imediatamente todos que tiveram contato comigo, ou com minha família foram avisados e todos os cuidados tomados, inclusive me mantenho em isolamento, pois era a única pessoa que a acompanhava. A Vigilância Sanitária já entrou em contato e todas as orientações passadas. Infelizmente ontem foi confirmado pelo PCR que ela se contaminou. Todos de nossa família estão bem já fizemos o teste e aguardamos o resultado.
A família está desolada com medo, do que possa acontecer com ela, e ainda tendo que lidar com a maldade das pessoas. Mais uma vez eu falo, todas as pessoas que tiveram contato foram comunicadas. Não achei que fosse necessário pegar um megafone e sair anunciando a quem não interessava.
A Cafeeira Sato, empresa da família, sempre se preocupou com a saúde de todos e desde o começo da pandemia toma todos os cuidados com clientes e funcionários. Nenhum funcionário teve contato com a minha sogra, e já foram orientados. Eles estão seguindo as orientações necessárias para continuar servindo a população de Fernandópolis.
Nesse momento peço orações, e o que precisamos é somente de conforto e carinho nesse momento tão difícil que estamos passando e não de insultos e ofensas. Tenho certeza que muitos de Fernandópolis vão se solidarizar com a família, ainda mais conhecendo todo o trabalho que minha sogra fez pelas entidades da cidade, em especial Os Sonhadores e Volfer. Agradecemos e contamos com a compreensão de todos.