CELEBRIDADES

Promotoria abre inquérito para apurar caso de homofobia de Neymar

Promotoria abre inquérito para apurar caso de homofobia de Neymar

Documento enquadra episódio como de ’homofobia qualificada’, com pena de 2 a 5 anos de prisão

Documento enquadra episódio como de ’homofobia qualificada’, com pena de 2 a 5 anos de prisão

Publicada há 4 anos

Da Redação

A associação LGBT+, por meio de seu representante Agripino Magalhães, solicitou nesta segunda-feira, 15, a abertura de um inquérito policial, com caráter de urgência, para investigar as falas homofóbicas de Neymar proferidas ao seu ex-padrasto, Tiago Ramos.

Em um áudio vazado nos últimos dias, o jogador chama Ramos de "viadinho" e outras ofensas homofóbicas. Já os seus amigos, que não tiveram a identidade divulgada, ofereceram ajuda caso o craque do PSG quisesse se vingar de Tiago Ramos. "Vamos matar, enfiar um cabo de vassoura no c* dele", fala um deles.

"Temos diante dos fatos elencados o crime de homofobia qualificada, com pena de 2 anos a 5 anos, vez que agora enquadra nos crimes de racismo", diz o documento de solicitação de apuração e abertura de inquérito, destinado ao Ministério Público de São Paulo.

Com a consultoria do advogado Ângelo Carbone, Magalhães está pedindo a prisão preventiva de Neymar e dos "parças", cuja voz é ouvida no áudio por crime de homofobia e formação de quadrilha. A intenção é pedir uma indenização de R$ 2 milhões após a instauração do inquérito, com o objetivo de doar a uma ONG em prol a comunidade LGBTQ+.

"Depois que entramos com a representação, começaram a me atacar nas redes sociais e por telefone", contou Magalhães. "Recebo diariamente, a todo minuto, vários comentários horríveis. Eu não sabia que tinha esse tanto de pessoas com tanto ódio."

Após análise, o Ministério Público indicou que o caso fosse levado a uma delegacia e pediu medidas para garantir a integridade física de Magalhães. "Tendo em vista que o requerente está sendo ameaçado em função de investigação a que se deu a causa, há, em tese, crime de coação no curso do processo", afirma um promotor.

"Acredito que entre hoje e amanhã, o juiz tome conhecimento, analise os pedidos liminares que fiz e, inclusive, traga [Neymar] para o Brasil. Preso", afirmou o advogado Carbone.


Fonte: Folhapress

últimas