ELEIÇÕES 2020!
Governistas voltam a cogitar candidatura única. Mas Henri e Colombano topam?
Governistas voltam a cogitar candidatura única. Mas Henri e Colombano topam?
Aliados de Pessuto ressuscitam o tema. Principais prefeituráveis respondem
Aliados de Pessuto ressuscitam o tema. Principais prefeituráveis respondem
Da Coluna Entrelinhas
Família Camargo pode voltar à política disputando como vice-prefeito
Em imagem de arquivo, Henri Dias e Júlio Camargo em momento de lazer. Foto: Facebook/2014
Eles administraram Fernandópolis nos anos de 1983 a 1988 (entre dois mandatos de Milton Leão), retornando em 2001 e indo até o início de 2002, quando, tragicamente, faleceu o patriarca familiar eleito Newton Camargo de Freitas, provocando a assunção do petista Adilson Campos, mas ida e volta, o sobrenome do clã torna ao cerne político nas mais diversas especulações e situações. Pois agora não é diferente.
Com a vaga reservada para o clã Bim, em especial para o médico Avenor Bim, que somente não a ocupara se não puder (ou, por motivos pessoais ou familiares, não quiser), a vice-prefeitura na chapa de Henri Dias já tem o eventual “suplente” escalado.
Se trata justamente do principal herdeiro de “Seu Newton”, o filho Júlio Camargo, ex-secretário de governo, ex-assessor parlamentar e o mais ativo, politicamente falando, dos descendentes que, além de carregar o nome, ainda tem relações profundas com os “Bim”, supostamente também apoiadores da candidatura principal.
A definição, nas palavras do próprio Henri Dias, sairá no decorrer da próxima semana ou logo após o fim da tragicomédia tucana que deve homologar o nome do advogado Artur Watson para a “suplência” de André Pessuto cuja história já contamos e recontamos.
Já o de Renato Colombano deve vir do PSD, Solidariedade ou PSC
O ex-deputado Orlando Bolçone, virtual candidato a vice em Rio Preto, com Renato Colombano. Foto: Divulgação/Redes Sociais
Ou até mesmo do próprio Republicanos, o próprio partido do empresário e que nos afirmou estar dentre essas três principais possibilidades - PSD, Solidariedade ou PSC.
Porém nada está consolidado e há forte disputa até mesmo dentro dessas agremiações, o que pode trazer consequências imprevistas. (Aliás, vários partidos, nas mais diversas coligações, carecem de unicidade de posições o que pode trazer surpresas até o final das convenções previsto para o próximo dia 16).
Aventa-se muito o nome de um empresário para compor com Colombano, mas a real é que cá ainda está em curso um processo que demandará mais tempo para a individualização do concorrente.
Governistas voltam a cogitar candidatura única. Mas será factível?
Pessuto durante exibição de instrumento térmico no Gabinete. Foto: Divulgação / Prefeitura Municipal de Fernandópolis
A situação - candidatura única - é uma exceção e o exemplo recente e tangível está na vizinha Jales que no pleito passado teve somente um concorrente – Flá Prandi, aliás do mesmo partido de André (o DEM) e cujos resultados são amplamente conhecidos não só lá, como em toda a região. Para resumir, basta lembrar que Prandi nem mesmo concorrerá à reeleição.
Mas cingir-nos-emos à hipótese concreta, já decantada antecipadamente nesta coluna em Maio deste ano quando relatamos o início da propagação da ideia no seio governista, o que parecia um sonho (ou utopia) do alto comando de campanha.
Aparentemente relegada ao sepulto, a possibilidade tornou com força na sexta-feira, 04, muito catapultada por aliados de primeira grandeza de Pessuto e que, aparentemente, tiveram tais esperanças renascidas após reuniões com adversários.
O otimismo deles é incontido e, baseado nessa positividade, falamos com os outros dois interessados: Colombano e Henri.
Renato não aceita condições e Henri quer, mas com ele na cabeça
Colombano reiterou que apoia todo e qualquer movimento que tenha por finalidade beneficiar a cidade e por fim às rivalidades e divisões que tanto atrapalham o progresso de Fernandópolis e brecam a geração de empregos para a população, mas disse que ainda não foi procurado oficialmente para qualquer composição e reiterou que não aceita se sentar numa mesa com pré-definições, ou seja, com o nome de Pessuto já classificado como “o prefeito escolhido” e muito menos com o PSDB tendo o direito de indicar o vice.
Pelos idos de Henri houve até o acréscimo de certa dosagem de ironia. O advogado afirmou que “candidatura única da forma que eles (os partidários de André) querem eu também quero”. Dias voltou a lembrar de que está mexendo as peças do tabuleiro e com foco na definição do nome que o acompanhará no cargo de vice. Ele também articula a aglutinação, na disputa majoritária, de partidos que atualmente são computados para seus adversários.
Sucintamente, diante de tais palavras (e ações), a unicidade aparenta mais ser uma utopia que um sonho. Há uma distância, senão incontornável, dificílima de ser percorrida.
O fim das bolsas de estudos de Ouroeste
Instituídas no primeiro governo municipal, ainda sob a égide do ex-prefeito Nelson Pinhel no Executivo e Ana Emília Iquegami na Secretaria da Educação (1997- 2000) e aperfeiçoada sua concessão no início da administração Val Fraga, as bolsas de estudos concedidas pela Prefeitura de Ouroeste, além de beneficiarem centenas (ou até milhares no correr dos anos) de residentes, se tornaram motivo de orgulho dos moradores. Eram. Não o são mais! Ao menos temporariamente.
Pois desde o último dia 31, incrustados em possíveis sucumbências financeiras decorrentes da pandemia de Covid-19 e que impuseram quedas de arrecadações sucessivas, sem previsão de compensação futura, o governo municipal Livia Oliveira, dentre outras medidas restritivas, suspendeu mediante edição de um Decreto, o pagamento do benefício.
Tentamos quantificar o número de atingidos, bem como a economia gerada com a ação, mas, em decorrência do Luto Oficial decretado pelo falecimento da ex-primeira-dama Laiz Terezinha Pinhel, que fechou as repartições públicas, não nos foi possível.
Há! Existe a possibilidade, ainda que remota, de que tal medida possa ser reavaliada ainda neste ano.
Câmara de Fernandópolis é a “mais custosa” para a população em toda região
Vereadores fernandopolenses: Câmara tem custo per capita superior às demais similares. Foto: Arquivo Jornal O Extra.net
Um levantamento feito pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) mostra que dentre todos os 644 legislativos municipais pesquisados (excluiu o da capital paulista) consumiram no período de 12 meses um montante de R$ 2.890.383.896,39. Na média per capita (gastos das Câmaras com custeio e pagamentos de pessoal dividido pelo número de habitantes) tais parlamentos custam R$ 85,85 por habitante.
A Câmara mais cara do Estado, como não poderia deixar de ser, fica na região: Aspásia, que totaliza R$ 723.795,96 – é 202,5% maior que a arrecadação do município.
Comparando-se os municípios de maiores portes do noroeste paulista, o Legislativo fernandopolense é o mais caro. Com 13 vereadores, ele teve despesas de mais de R$ 4,5 milhões no período, resultando num custo per capita de R$ 66,35 (população de 69 mil habitantes). Votuporanga, com 15 vereadores e 94 mil habitantes custa R$ 56,71 para cada munícipe de lá; os 10 vereadores de Jales custam R$ 49,26 (49 mil moradores) e os nove de Santa Fé do Sul R$ 42,28 para cada qual dos 32 mil habitantes.
Os gastos per capita fernandopolenses superam até mesmo os da Câmara de Rio Preto. Lá, os 17 parlamentares custam R$ 48,52 para cada qual dos 460 mil residentes.
- Aqui tem fiscalização! Ao contrário do que ocorreu em inúmeros municípios, em Rio Preto a Vigilância Sanitária fiscaliza a autua. Uma de suas “vítimas” foi o vereador Anderson Branco (PL) defensor da posição bolsonarista contrária ao isolamento social, flagrado em uma barbearia durante a quarentena. Notificado, terá que se explicar ou será multado.
- Em Votuporanga a Vigilância também presta contas. Desde o início da pandemia foram 1.221 notificações – 129 só em Julho, quando medidas mais restritivas entraram em vigor - com a imposição de 135 multas. A Ouvidoria (pelo 0800-770-3590) é, junto com o 190 da Polícia Militar, o principal canal para denúncias.
- Andando de lado! Estudo do Seade com base em dados do Caged mostra que, entre junho e julho, o número de empregos permaneceu relativamente estável no Estado de São Paulo. As 301 mil demissões ocorridas foram compensadas pelas 324 mil admissões, o que resultou na geração de 23 mil empregos (0,2%).
- Perda de 11 anos em 3 meses. O pior cenário se concretizou: o PIB brasileiro caiu 9,7% no segundo semestre de 2020, comparativamente ao mesmo período de 2019. Com esses dados, regredimos ao valor de R$ 1,6 trilhão, o que corresponde ao mesmo patamar de 2009. É... Nem só na saúde e nem só na economia é uma gripinha!
- Agricultura salva e indústria e serviços desabam. O tombo recorde repartiu-se desigualmente nos setores econômicos do Brasil. O menos afetado foi a exportação com alta de 1,8% e a agricultura com alta de 0,4%; já a indústria caiu 12,3% e os serviços 9,7%. A maior queda foi na indústria de transformação com queda de 17,5%. A recuperação dos patamares deve ocorrer somente ao final de 2022.
- China e Índia são exceções. Consolidado os balanços de praticamente todos os países, até agora a maior queda registrada no 2º semestre foi no Peru, com queda de 27,2%, seguido por Reino Unido com 20,4% e Espanha com 18,5%. EUA caiu 9,1% e a Alemanha o mesmo índice do Brasil. No positivo somente a China e a Índia com 11,5% e 0,7%, respectivamente.
- Casta dos Intocáveis! Decepcionante o texto da Reforma Administrativa subscrita por Bolsonaro e idealizada por Paulo Guedes. Juízes, desembargadores, procuradores, promotores, deputados e senadores, além de militares, foram excluídos do texto, junto com auditores fiscais, diplomatas e policiais militares.
“...infelizmente, o PT optou por um candidato ficha-suja para fazer essa defesa, em vez de apoiar uma deputada que dignificou tudo que fez”.
Desabafo da pré-candidata à Prefeitura de Catanduva, à rádio VOX FM. Em 2018, Beth ficou na suplência da coligação petista e assumiu quando o titular Mário Maurici, de Franco da Rocha, foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. Após reversão da sua inelegibilidade no STF, Maurici voltou à Assembleia Paulista e Sahão renunciou ao mandato.