PANDEMIA

O 'novo' Natal: fernandopolenses planejam confraternização atípica

O 'novo' Natal: fernandopolenses planejam confraternização atípica

“Talvez seja até uma comemoração virtual”, diz a professora Marlene Milani

“Talvez seja até uma comemoração virtual”, diz a professora Marlene Milani

Publicada há 3 anos

Breno Guarnieri 

Às vésperas do Natal, em Fernandópolis, as famílias já começam a pensar nas confraternizações de fim de ano, que, desta vez, serão de forma nunca imaginada devido às medidas sanitárias impostas pela pandemia do coronavírus (Covid-19). Cada um tem seu roteiro para celebrar: distanciamento, uso de máscara e entrega de presentes de longe.

Antes da confraternização, a quarentena de 14 dias, para quem puder, também é fundamental, de acordo com especialistas, para pessoas que vão visitar parentes em outras localidades. Nesse caso, o isolamento tem que ser feito já na cidade dos familiares. A dica é válida sobretudo para pessoas que vão utilizar ônibus ou avião como meios de transporte.

Mesmo em família é fundamental o uso da máscara enquanto estiver havendo diálogo, uma vez que é na fala que gotículas são expelidas, o que aumenta o risco de contágio. Ao alimentar, os parentes devem evitar compartilhar utensílios como talheres, pratos e copos. Na troca de presentes, o mais importante é estar de máscara.

Famílias

“Talvez seja até uma comemoração virtual. Precisamos tomar muito cuidado. Ainda estamos em pandemia e o vírus circula na cidade. A cada dia pessoas estão ficando doentes e morrendo. Estou preocupada”, diz a professora Marlene Milani, 61 anos, que, no Natal, pretende receber poucos familiares, em sua residência, situada no Parque Universitário, zona sul do município.

No Coester, zona leste de Fernandópolis, na casa do aposentado Antônio Caldeira, 65 anos, o Natal, em 2020, será bem diferente. Antônio e sua mulher Maria Aparecida Caldeira, 62 anos, sempre receberam os familiares para as confraternizações de fim de ano, porém, em razão da pandemia do coronavírus, mudaram de ideia. “Em casa, no Natal e Ano Novo, sempre foram épocas maravilhosas. Recebíamos os filhos, os netos, primos. Uma média de 15 a 20 pessoas em casa, mas, neste ano, é sem aglomeração, como é necessário. Cada um na sua casa", lamenta o aposentado, que salienta: “vamos nos ‘sacrificar’ neste ano para podermos nos reunirmos normalmente ano que vem”.  

Na zona norte do município, a pandemia do coronavírus não vai impedir que a família Gonçalves se encontre na véspera do dia 25. "Não sabemos o que vai acontecer até lá. Mas creio que não precisaremos chegar a extremos, a exemplo de pedir teste para a Covid-19 ou exigir quarentena dos familiares. É fundamental ficarmos conscientes de que se trata de um momento para o qual devemos estar protegidos contra doença", pondera a comerciante Paula Amaral Gonçalves, 29 anos. 


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