PÔLEMICA

“Perdi a paciência”, diz médico que viralizou após responder fake news com palavrão

“Perdi a paciência”, diz médico que viralizou após responder fake news com palavrão

Maurício Lacerda Nogueira é professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Maurício Lacerda Nogueira é professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto

Publicada há 3 anos

O print da resposta passou a circular nas redes sociais - Foto: Reprodução

Da Redação/IstoÉ

Um comentário do médico virologista Maurício Lacerda Nogueira, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Funfarme), ganhou repercussão nas redes sociais. Indignado com um internauta que comentou que duas pessoas morreram depois de receber a primeira dose da CoronaVac, Maurício rebateu a fake news com palavrão.

“Teu cu”, respondeu o profissional, que foi responsável por coordenar a terceira fase dos testes clínicos da vacina em São José do Rio Preto. O print da resposta passou a circular nas redes sociais ao lado do extenso currículo do médico.

Ao G1, Maurício contou que estava almoçando no momento em que decidiu entrar nas redes sociais e se deparou com o comentário do internauta em uma reportagem sobre o início da aplicação da CoronaVac.

“Perdi a paciência. Chega uma hora que você cansa de discutir”, afirmou o médico. De acordo com Maurício, ele não esperava que a resposta fosse repercutir tanto. “Aquele comentário é uma frustração do que está acontecendo há anos. O Umberto Eco escreveu que a internet deu voz aos idiotas. As pessoas têm utilizado a internet com uma voracidade impressionante”, disse ao G1.

Ainda conforme o virologista, desde o ano passado, o Brasil vive duas pandemias. “Vivemos a pandemia do coronavírus e a da fake news. O problema da fake news no Brasil é que ela é amplificada pelo Presidente da República. É a fake news da cloroquina, fake news da ivermectina e fake news da vacina. Isso é muito difícil para as pessoas que querem trabalhar de forma séria”, afirmou.

“O que você fala atualmente tem o mesmo valor do que o ‘tiozão do WhatsApp’. As pessoas têm uma necessidade subconsciente de ter um feedback positivo. Portanto, preferem acreditar em uma coisa que te diz que ‘isso é uma gripezinha e tem um remédio que rapidinho vamos resolver’ do que um cientista falar que é ‘uma doença grave, com alta mortalidade”, explicou Maurício ao G1.


Fonte: istoe.com.br

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