PANDEMIA

Projeto leva caixas com material para bordado nas casas de idosas durante pandemia

Projeto leva caixas com material para bordado nas casas de idosas durante pandemia

Iniciativa, batizada de 'Bordando Saudade', foi criada para matar a saudade das bordadeiras em Urânia

Iniciativa, batizada de 'Bordando Saudade', foi criada para matar a saudade das bordadeiras em Urânia

Publicada há 3 anos

Projeto leva caixas com material para bordado nas casas de idosas durante pandemia — Foto: Reprodução/TV TEMProjeto leva caixas com material para bordado nas casas de idosas durante pandemia - Foto: Reprodução/TV TEM

Da Redação/G1

Desde que a pandemia do coronavírus começou, os idosos tiveram que parar suas atividades. A vacina traz esperança de dias melhores, mas, enquanto isso, cada um faz o que pode para se manter ocupado. Em Urânia, o Fundo Social de Solidariedade montou um projeto para matar a saudade das bordadeiras.

A aposentada Ineusina Casarotti está entre as pessoas que sentem falta das atividades, passeios e encontros. Após o início da pandemia, muita coisa mudou para ela.

"A rotina era: de terça-feira, a gente levantava cedinho para ir para o treino. Terça, quinta, às vezes no sábado. Na terça e quinta, participava da hidroginástica e, na quarta-feira, do bordado", explica.

Entre os vários compromissos de Ineusina estavam também os encontros com a turma do bordado da cidade. Semanalmente, elas se reuniam para bordar e colocar o papo em dia. Entre um ponto e outro, elas conversavam, se divertiam e curtiam bons momentos em grupo.

"Não é que fica só ali bordando, mas a gente também vai papeando, dando risada, que é o mais importante. A gente extravasa e a gente vem para casa bem mais feliz, mais solta", continua.

Foi pensando em resgatar parte desses momentos que o pessoal do Fundo Social decidiu dar início à iniciativa batizada de "Bordando Saudade". A equipe prepara caixas com material para bordado e, semanalmente, vai para a rua fazer a entrega de casa em casa.

"A cada 15 dias a gente leva o bordado para elas. Aí a gente retorna, busca o bordado e leva novamente. Elas estão curtindo, porque muitas ficam só, então não têm o que fazer. O bordado acaba ocupando espaço na vida delas", explica Roseli Barco, professora do Fundo Social.

As caixas de bordado chegam a 120 idosas. A aposentada Marilene França recebe a dela e, dentro de casa e em segurança, consegue matar um pouco da saudade da antiga rotina.

"Para mim foi muito bom. A gente passa o dia aqui, esquece um pouco das dificuldades, da saudade que a gente sente dos nossos familiares, dos vizinhos, dos amigos. É difícil viver isolado, sem se comunicar com ninguém", conta.

A torcida de todas é que, assim que possível, elas possam se encontrar novamente no bordado, no vôlei e nas viagens.

"A gente gostaria que essa vacina viesse logo ou, melhor, que a pandemia desaparecesse e, com certeza, a gente seria muito feliz em voltar às nossas atividades", completa Ineusina.


Fonte: g1.globo.com

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