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Vacinação de mães lactantes pode gerar leite com anticorpos para Covid-19

Vacinação de mães lactantes pode gerar leite com anticorpos para Covid-19

Amamentação em casos de Covid e vacinação de lactantes devem ser recomendadas pelas autoridades médicas brevemente

Amamentação em casos de Covid e vacinação de lactantes devem ser recomendadas pelas autoridades médicas brevemente

Publicada há 3 anos

Após relatos de possível proteção de bebês, especialistas estudam se imunidade realmente ocorre e durante quanto tempo - Foto: Reprodução

Da Redação

Estudos divulgados nos últimos dias têm apontado que, após imunizadas com vacinas contra a Covid-19, mulheres que amamentam produzem leite com anticorpos contra o novo coronavírus. Nos Estados Unidos, já há movimentos de retomar o aleitamento em busca da proteção dos bebês. Embora seja uma notícia positiva, pediatras alertam que as pesquisas ainda não comprovaram se as crianças realmente ganham imunidade e, se sim, quanto tempo isso duraria. 

No fim de março, foi divulgado estudo com 131 mulheres em idade reprodutiva, entre elas gestantes e lactantes, que receberam as duas doses da vacina da Pfizer/BioNTech ou da Moderna. O monitoramento apontou a presença de anticorpos no sangue do cordão umbilical e no leite materno das participantes. 

Pesquisadores compararam ainda anticorpos produzidos por mulheres infectadas e os induzidos pela vacinação, encontrando um número significativamente mais alto entre as imunizadas. 

Um estudo recente, de 30 de março, publicado pela Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos EUA, também encontrou anticorpos contra o vírus e detectou que eles apareceriam duas semanas após a primeira dose da vacina, permanecendo por, ao menos, 80 dias – tempo que a pesquisa durou. Os pesquisadores sugerem que eles poderiam passar por meio da amamentação para os bebês e conferir algum tipo de proteção. Este estudo analisou uma pequena população, de apenas cinco mães, que foram imunizadas com a vacina da Pfizer/BioNTech, e com filhos entre um mês e 2 anos. 

Já uma pesquisa israelense divulgada pelo periódico científico Jama, na última segunda-feira (12), apontou a presença dos anticorpos específicos para o Sars-CoV-2 em um grupo de 84 mulheres que forneceram 504 amostras de leite materno ao longo do estudo, que durou de 20 de dezembro de 2020 a 15 de janeiro deste ano. As amostras foram colhidas antes da administração da vacina da Pfizer/BioNTech e, duas semanas após a imunização, passaram a ser colhidas semanalmente pelo prazo de seis semanas.

A vacina da Pfizer, que tem taxa de 95% de eficácia, ainda não está sendo aplicada no Brasil, como poderia estar ocorrendo se 70 milhões de doses tivessem sido compradas no ano passado, mas a negociação acabou descartada pelo governo federal.

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