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Ex-Fefecê pede R$ 1,8 milhão do Avaí após rescisão por atrasos salariais

Ex-Fefecê pede R$ 1,8 milhão do Avaí após rescisão por atrasos salariais

Atacante cobra sete meses salários, 13º, férias, compensação e multa das verbas rescisórias

Atacante cobra sete meses salários, 13º, férias, compensação e multa das verbas rescisórias

Publicada há 3 anos

Da Redação

A disputa judicial entre Rildo e Avaí está apenas no começo. O atacante de 32 anos, que jogou no Fernandópolis Futebol Clube (Fefecê), na temporada 2009, cobra na 5ª Vara do Trabalho de Florianópolis o pagamento de R$ 1,8 milhão. No valor estão inseridos sete meses de salários atrasados, férias, 13º salário, cláusula compensatória (salários que receberia até o fim do contrato) e multa por não pagamento das verbas rescisórias.

Em decisão liminar, a juíza Indira Socorro Tomaz de Sousa acatou o pedido de Rildo no dia 20 de abril para rescindir de maneira indireta o contrato com o Avaí que tinha validade até 31 de dezembro. Filipe Rino, advogado do atacante, apontou uma série de pendências financeiras do clube, entre elas o não recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

“O Rildo tem sete meses em salários em atraso e era o único jogador que não vinha recebendo. Teve o acordo da pandemia que o clube ficou de devolver 25% do salário reduzido em 2020 nos meses de janeiro, fevereiro e março. Pagou para todos os jogadores, menos para o Rildo. Mesmo assim ele aceitou a proposta do clube”, disse Rino.

O Avaí foi intimado para apresentar os comprovantes dos pagamentos dos meses de setembro a dezembro de 2020, além de extrato de FGTS, mas, de acordo com a decisão judicial, o clube "alega que possui ato trabalhista em trâmite na 2ª Vara do Trabalho de Florianópolis onde está saldando todo seu passivo trabalhista, estando com suas receitas bloqueadas, e requer a remessa à audiência de conciliação".

Na segunda-feira, horas após a rescisão de Rildo com o Avaí aparecer no Boletim Informativo Diário (BID), da CBF, Marco Aurélio disse em entrevista ao Estádio CBN, da CBN Diário, que Rildo tinha aceitado encerrar o contrato de forma amigável e abrindo mão de alguns valores a receber, porém, mesmo assim preferiu entrar com ação na Justiça. Segundo Rino, isso não é verdade.

“Houve uma negociação por parte do Avaí na pessoa do Marco Aurélio Cunha com o Rildo. A proposta era pagar os atrasados à vista, e ele tinha ainda mais nove meses de contrato. O Rildo aceitou receber metade deste valor (os salários restantes no contrato) parcelado em 20 vezes. Ele esperou mais de um mês para que o acordo fosse colocado no papel, assinado e que ele recebesse os salários para sair. Então, com todo respeito ao Marco Aurélio Cunha, que é uma bandeira no futebol, mas nesse caso ele faltou com a verdade. O Rildo aceitou a proposta feita pelo Avaí, mas o clube sumiu. Então, ele teve que procurar a Justiça”, destacou o advogado.

Posição do Avaí

Advogado do Avaí, Sandro Barreto confirmou que o clube possui pendências financeiras com Rildo, sem detalhar quais.

“Ele não jogava e não queria jogar, e o Avaí não pagou os valores que teriam que ser pagos. Tentamos uma composição, mas ele não queria mais ficar e foi enrolando. Nós não iríamos pagar salários para quem não tinha mais a intenção de ficar. Infelizmente houve essa situação dele procurar a Justiça. Respeitamos, mas vamos contestar a rescisão indireta. Agora iremos brigar judicialmente”, falou Barreto.

Rildo estava fora dos planos do técnico Claudinei Oliveira e ainda sequer tinha entrado em campo na temporada 2021. Contratado no início de 2020, o atacante de 32 aos deixou o Leão da Ilha após ter disputado somente 21 partidas no período e anotado quatro gols.

Rildo fez 21 jogos e anotou quatro gols no período que esteve no Avaí — Foto: André Palma Ribeiro/Avaí F.C.

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