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Bárbara Paz diz que se identifica como pessoa não binária

Bárbara Paz diz que se identifica como pessoa não binária

'Sou inquieta. Uma mulher, um homem', afirma a atriz

'Sou inquieta. Uma mulher, um homem', afirma a atriz

Publicada há 3 anos

Bárbara Paz diz que se identifica como pessoa não-binária - Jornal de  BrasíliaAtriz afirmou que desde a infância tinha um lado masculino forte - Foto: Reprodução

Da Redação/F5

Bárbara Paz, 46, disse que se reconhece como pessoa não binária e que não quer ser enquadrada como exclusivamente homem ou mulher. A declaração foi dada ao podcast Almasculina, de Paulo Azevedo.

"Sou uma pessoa inquieta. Uma mulher, um homem, não binária. Descobri que sou não binária há pouco tempo. Um amigo meu falou que eu era, e eu acreditei, entendi. Sou uma pensadora, uma diretora, uma cineasta, uma atriz, uma pintora, uma escritora", afirmou ao se apresentar logo no início do programa.

"Nas horas vagas a gente tenta tudo com as mãos, com a cabeça, com o cérebro e com a imaginação. A imaginação precisa estar trabalhando o tempo todo. Então, eu não sei bem quem eu sou. Se tiver alguma referência para me dizer quem eu sou, ainda estou em busca", diz.

"Eu sou muitas coisas. Sou muitos, muitos, muitas. É difícil dizer quem você é para se apresentar. Sou uma pessoa de fazer o que tenho dentro, o que não é pouco, arte", completou.

O podcast apresenta discussões sobre masculinidade, e Azevedo perguntou para Bárbara Paz quais foram as primeiras referências sobre o tema. "Eu não tive muitas referências do masculino, esse masculino que a gente ouve falar, conhece."

Bárbara Paz diz que o pai morreu muito cedo, quando ela tinha seis anos. "Então, o masculino, ele veio... Olha que interessante: as primeiras imagens eram dos médicos da minha mãe, que cuidavam dela, que zelavam por ela. Para mim, eles eram anjos. Eu era uma criança. Eu era apaixonada por aqueles médicos, porque ali eu sabia que minha mãe estava viva, bem cuidada. Sabia que ela ia voltar para casa", afirmou.

"'Meu modelo de masculinidade é um lugar de conforto, de rede de proteção. Esse foi o masculino que eu vi. Éramos cinco mulheres em casa à espera de um maestro que nunca chegou. E eu acabei virando o maestro dessa história, eu fui o homem da casa. E, mesmo criança, eu me sentia a responsável por aquilo tudo", disse.

Bárbara Paz afirmou que desde a infância tinha um lado masculino forte. "Eu era metade menino, metade menina. Eu cresci assim, porque eu uma era indefinição. Porque eu sou muito feminina, tenho traços femininos, sou loirinha, toda princesinha [...] e esse lado masculino de ser moleque, também nasceu comigo."


Fonte: f5.folha.uol.com.br

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