ECONOMIA

Fernandópolis e região: mais pobre dentre os mais pobres

Fernandópolis e região: mais pobre dentre os mais pobres

Noroeste paulista ostenta índices alarmantes; região mais ainda

Noroeste paulista ostenta índices alarmantes; região mais ainda

Publicada há 2 anos

*Republicação parcial da coluna Entrelinhas divulgada em 06/06/2021


“Aglomeração”: Fernandópolis e região são os “primos pobres” do grupo

Tanto as regiões de Votuporanga como a de Jales tem melhores indicadores econômicos que a local. Imagem: Google Maps

A iminente criação do “Aglomerado dos Grandes Lagos”, decantada na passada semana e objeto de intensas discussões presentes e futuras, abrangendo 48 municípios da macrorregião do noroeste paulista, conosco inclusos, esfregou em nossas faces uma duríssima realidade recentemente ocultada e relegada abaixo das camas: vivemos numa das regiões mais pobres do Estado e, dentre elas, somos uma das piores!

Senão vejamos, com base nos dados da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) e da Fundação Seade, pelos próprios políticos envolvidos no processo de criação do “Aglomerado” divulgados.

Renda per capita menor

Somatizadas as rendas per capitas dos 48 municípios desse grupo, tem-se um valor de R$ 30.727, enquanto que a média do Estado é de R$ 48 mil; ou seja, estamos abaixo.

O Índice de Desenvolvimento Humano é de 0,74, também abaixo da média do Estado paulista que é de 0,78.

Já o Produto Interno Bruto (PIB), resultante de todas as riquezas produzidas pelas cidades componentes do grupo é da ordem de R$ 13 bilhões.

E é justamente aqui que ficou escancarada a miserabilidade de nossa microrregião.

Os “primos pobres”

Das três Regiões de Governo (Fernandópolis, Jales e Votuporanga e seus municípios circunvizinhos) que comporão o “Aglomerado”, somos a que detém os piores indicadores econômicos.

A região de Votuporanga, com seus 14 municípios inclusos, soma 170.923 habitantes e tem um PIB de 5,35 bilhões.

A de Jales é formada por 22 municípios, contando com 145.763 habitantes e com um PIB de R$ 4,28 bilhões.

Já a nossa – a de Fernandópolis - é composta por 12 municípios e 110.709 habitantes, seu PIB é de R$ 3,83 bilhões.

Muito ruim? Pero no mucho

A constatação de sermos os "primos pobres", quantitativamente falando, cede quando analisamos os números per capita (proporcionalmente ao número de habitantes), o que não foi feito (e nem divulgado) pelos organizadores.

Jales (e sua região) ficam na rabeta com renda média de R$ 29,3 mil; Votuporanga (e região), com seus 170.923 mil habitantes, tem renda per capita de R$ 31,3 mil, enquanto que Fernandópolis (também agrupada a outros 11 municípios) tem o melhor índice, batendo na casa dos R$ 34,5 mil.

Conclusão? Que cada qual tire a sua!

A Aglomeração

Composta por 48 municípios, o grupo terá uma população de 427.284 habitantes e PIB de R$ 13 bilhões. 

Os municípios participantes são: 

Região de governo de Fernandópolis – 12 municípios: Estrela D’oeste, Fernandópolis, Guarani D’oeste, Indiaporã, Macedônia, Meridiano, Mira Estrela, Ouroeste, Pedranópolis, Populina, São João das Duas Pontes, Turmalina.

Região de governo de Jales – 22 municípios: Aparecida D’oeste, Aspásia, Dirce Reis, Dolcinópolis, Jales, Marinópolis, Mesópolis, Nova Canaã Paulista, Palmeira D’Oeste, Paranapuã, Pontalinda, Rubinéia, Santa Albertina, Santa Clara D’Oeste, Santa Fé do Sul , Santa Rita D’Oeste, Santa Salete , Santana da Ponte Pensa, São Francisco, Três Fronteiras, Urânia e Vitória Brasil.

Região de governo de Votuporanga – 14 municípios: Álvares Florence, Américo de Campos, Cardoso, Cosmorama, Floreal, Magda, Monções, Nhandeara, Parisi, Pontes Gestal, Riolândia, Sebastianópolis do Sul, Valentim Gentil e Votuporanga.


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