Uma lenda indígena

Uma lenda indígena

Conto de um casal apaixonado da tribo Sioux

Conto de um casal apaixonado da tribo Sioux

Publicada há 2 anos

MINUTINHO

Perdoe e viva

Por: Meimei/Chico Xavier

Perdoe e viva. Se você não perdoar hoje, amanhã, por certo, o seu dia será mais escuro, seus passos estarão menos firmes, seus problemas surgirão mais complexos, sua mágoa doerá muito mais…

Se você não perdoar agora, que será do seu caminho depois?

Desculpe enquanto é tempo, para que, de futuro, não recaiam sobre sua cabeça os padecimentos e as queixas de muitos.

Esqueçamos o mal para que o mal não se lembre de nós.

O incêndio da aflição devasta a consciência que não conseguiu bastante força para lavar-se nas águas vivas da grande compaixão.

Quem não perdoa os erros dos semelhantes, condena a si mesmo.

Quem não olvida as ofensas, transforma-se num fardo de crueldade.

Descerremos a janela de nossa compreensão cristã para o ar livre do bem que tudo renova, tudo aproveita e tudo santifica e, auxiliando ao nosso irmão do caminho, quantas vezes se fizerem necessárias, nossa romagem para Jesus não sofrerá tropeços e crises, porque, usando o amor para com os outros, seremos, gradativamente, convertidos em felizes instrumentos do Amor de Nosso Pai Celestial.”

CRÔNICA

Uma lenda indígena

Por: Autoria desconhecida

Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram até a tenda do velho feiticeiro da tribo.

- Nós nos amamos e vamos nos casar, disse o jovem. E nós amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã. Alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos até encontrarmos a morte. Há algo?

E o velho emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:

- Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa difícil. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia, e apenas com uma rede e tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui com vida, até o 3º dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono e capturar a mais brava das águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, trazendo-a para mim, viva.

Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão. 

No dia estabelecido, na tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho então pediu que com cuidado as tirassem dos sacos.

Imagem Ilustração. Fonte: Reprodução

- E agora o que faremos? Perguntou o jovem. As matamos e depois bebemos a honra de seu sangue?

- Ou cozinhamos e depois comemos o valor da sua carne? Propôs a índia.

-Não! Disse o feiticeiro, apanhem as aves, e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro. Quando as tiverem amarradas, soltem-nas, para que voem livres.

O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado, e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade do voo, arremessavam-se entre si, bicando-se até se machucar. Aí o velho afirmou:

- Jamais esqueçam o que estão vendo. Este é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar-se um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure voem juntos. Mas jamais amarrados!


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