POLÍTICA

AES, que tem uma hidrelétrica e dois parques solares em Ouroeste, pode deixar o Brasil

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Leia também: Pinato em fúria; o vice de Seba e a união da direita em Fernandópolis

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Publicada há 10 meses

A notícia, que surgiu inicialmente em forma de burburinho ao final do ano passado no mercado financeiro, se propagou nos últimos dias, ganhou relevância e acabou sendo confirmada pela companhia: a AES Corporation, controladora da AES Brasil, estuda, dentre outras opções, a venda de seus ativos no Brasil e o encerramento de suas operações no país.

A norte-americana já teria contratado dois bancos – o Itaú e o Goldman Sachs – para auxiliar na venda -, embora, concomitantemente, busque alternativas para financiar o crescimento da companhia e reforçar a estrutura de capital.

É aqui que se justifica a alienação dos ativos brasileiros da AES Brasil.

Desde 1996 no país, quando comprou participação na antiga Light, a unidade local foi perdendo importância no portfólio mundial do grupo (lucro líquido de R$ 200 milhões nos 9 primeiros meses de 2023) e altíssimas dívidas (R$ 8,7 bilhões de dívida líquida e grau de alavancagem de 5,6 vez). Na Bolsa de Valores, suas ações estão ‘andando de lado’ há dois anos (alta de 0,18%) e com prejuízo de 30 pontos na análise dos últimos cinco anos.

Para completar o quadro desfavorável, lembre-se que há dois anos a empresa não paga dividendos aos seus acionistas e tem amortizações de R$ 5 bilhões a vencer neste e no próximo ano.

O fundo CPP Investiments avalia que opção alternativa à venda seria um aporte financeiro de grande volume de recursos na geradora nacional.

Lembrando que a AES Brasil atua em setores de serviços, geração, armazenamento de energia elétrica há mais de 28 anos no Brasil e está investindo pesado na região, com recursos da ordem de R$ 179 milhões, para a expansão de seu Complexo Solar Ouroeste, que já conta com os parques solares de Boa Hora e de Água Vermelha. Além delas, a AES também comanda a usina hidrelétrica de Água Vermelha. A capacidade instalada da empresa, com geração de energia 100% renovável, é de 5,2 GW, sendo 4,5 GW em operação.

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Direita, uni-vos!

Parafraseando o ‘Manifesto Comunista’ de Karl Max, eis o atual lema ampla (e ironicamente) utilizado por lideranças direitistas de Fernandópolis. Eles apregoam a união das alas conservadoras, do agronegócio, empresarial e de ideólogos simpatizantes em busca de uma candidatura a prefeito que seja um consenso, com força a derrotar o nome governista.

Tal lá como cá

Eis o grande problema por eles enfrentado: a abundância de caciques frente à quantidade limitada de índios disponíveis. Tal como no natimorto ‘Grupão’ idealizado pelo prefeito André Pessuto, há tantos prefeituráveis (e interesses difusos conflitantes) que preencheriam os quadros para as próximas 30 eleições municipais. A diferença é que uma ala aparenta ter mais faceta ideológica que a outra, mais fisiológica.

E dá-lhe Murilo

Bastou o retorno dos trabalhos legislativos para que o vereador Murilo Jacob (MDB) tornasse carga pesada contra a administração municipal. Municiado de documentação mostrando a evolução dos recursos supostamente destinados ao Hospital do Amor, ele novamente apontou ilicitudes e promete trazer novidades breves. Dentre os demais edis prevaleceu o silêncio absoluto.

Pinato em fúria

Prossegue a fúria do presidente estadual do PP contra a direção da coligação encabeçada pelo prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB). Tudo devido ao cargo de vice-prefeito, para o qual foram apresentadas quatro opções pelo presidente do PL Valdemar Costa Neto (que estava preso por operação da Polícia Federal). Dos quatro pretendentes, nenhum é do PP, que já ameaça lançar candidatura própria.

Surpresa em Indiaporã?

Seguindo os passos de Tarcísio de Freitas (e seu ‘inquestionável’ domicílio eleitoral paulista), eis que o município pode ter uma candidatura a prefeito absolutamente surpreendente. Trata-se de uma pessoa que nos últimos anos morava em cidade vizinha e cujo domicílio, inclusive o eleitoral, está migrando para Indiaporã, onde deve concorrer com o atual, Aderito da Silva e com Bernadete Sponquiato. Aguardemos!

Disputa é quem será o vice

Enquanto isso, em Votuporanga, o megagrupo que apoia a recandidatura do prefeito Jorge Seba segue em inabalável comunhão. Aparentemente, a disputa residual é de quem ocupará o cargo de vice, em substituição ao Cabo Valter. A vaga deve ficar com o PL, em indicação pessoal do deputado federal Luiz Carlos Motta. Os favoritos são Marcello Stringari, Sargento Moreno e Chaudes Júnior. O mistério foi o 'aceite' de Carlão, ex-detentor do cargo. O que lhe moveu?

 

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