JUSTIÇA

Acusados por morte de família são condenados a mais de 268 anos de prisão

Acusados por morte de família são condenados a mais de 268 anos de prisão

Latrocínio de pai, mãe e filha em um canavial em Votuporanga

Latrocínio de pai, mãe e filha em um canavial em Votuporanga

Publicada há 18 horas

Montagem: Jornal O Extra.net

Da Redação 

A Justiça Estadual, através de decisão da 1ª Vara Criminal da Comarca de Votuporanga condenou os três acusados pelo assassinato da família olimpiense ocorrido em dezembro de 2023 em um canavial situado na Estrada 27 em Votuporanga.

A sentença estabeleceu um total de mais de 268 anos para os autores, sendo que um dos réus recebeu a pena de 93 anos e 4 meses de prisão, enquanto os outros dois foram condenados a 87 anos e 6 meses cada. A acusação foi de latrocínio triplamente qualificado, cometidos com extrema violência, resultando na morte das vítimas.

As vítimas fatais foram Anderson Givago Marinho, Mirela Regina Beraldo Tofalete e a filha adolescente do casal, I.T.M.

O crime

Relembre como foi o crime em reportagem publicada em 03/01/2024:

A Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP) trabalha em busca da elucidação das circunstâncias e autoria do crime que vitimou a família olimpiense, encontrada com sinais de execução em Votuporanga.

Embora não haja confirmação oficial, há indicativos de que policiais têm suspeitos do homicídio ligados ao tráfico de drogas. A morte do pai – Anderson Marinho – é tratada como vingança por dívidas ligadas a traficantes. Os tiros em seu rosto também são indicativos dessa modalidade de crime.

Segundo o delegado Everson Aparecido Contelli houve uma execução e somente com a conclusão dos laudos periciais da Polícia Científica é que a investigação avançará. 

A Polícia suspeita que as mortes tenham ocorrido no dia do desaparecimento – quinta-feira – e investigam como eles foram parar em Votuporanga. Há a possibilidade do carro ter sido abordado no trajeto entre Olímpia e Rio Preto.

Quanto à morte da mãe – Mirele Tofolete – e da filha – Isabelly – a hipótese mais provável atualmente admitida pela Polícia é de que foram executadas para ‘queima de arquivo’.

Ontem, terça-feira, 02, surgiu imagens de Mirele empunhando armas de fogo em publicações sociais. Há informações ainda não confirmadas de que ela trabalhava em uma loja de vendas de armas.

A informação publicada pelo ‘O Extra.net’, com exclusividade na região, de que Anderson estava em liberdade condicional e que tinha vários processos criminais, inclusive por tráfico de drogas, foi confirmada pela Polícia.

O delegado de Polícia Marcelo Pupo, que também trabalha nas investigações afirmou que há registro de uma ligação do celular de Isabely para o 190 da Polícia Militar mas os celulares das vítimas não foram encontrados. Diferentemente do que afirmam alguns sites de notícias, a perícia não encontrou digitais no automóvel da família. No veículo foram apreendidas capsulas de pistola 9 milímetros.

Encontro dos corpos

Foi encontrado na última segunda-feira, 01, em um canavial, próximo à Estrada Rural do ‘27’, na área do município de Votuporanga, os corpos da família olimpiense que estava desaparecida desde quinta-feira, 28. A localização foi na via que liga Votuporanga a Sebastianópolis do Sul, no acesso à Comunidade Nova Vida e ao Bairro do Cruzeiro.

Há sinais de execução com armas de fogo, sendo que duas vítimas estavam dentro do veículo (a mãe e a filha) e outra caída fora do carro (o pai).

As Polícias Militares, Civil e Científica foram no local em busca de provas que possam identificar a autoria do assassinato.

Há informações de que o pai – Anderson Givago Marinho – possui cerca de 30 processos em curso na Justiça, vários deles por tráfico de drogas, sendo que ele cumpria sentença em regime de liberdade condicional.

O Caso

A Polícia Civil do Estado de São Paulo (PC-SP), através de policiais da região do Deinter-5 de São José do Rio Preto tenta esclarecer o misterioso desaparecimento de uma família ocorrido na última quinta-feira, 28/12/2023.

Mãe, pai e filha que estão desaparecidos. Foto: Reprodução / Facebook

Segundo informações do Boletim de Ocorrência, Anderson Marinho, de 35 anos (o pai), acompanhado de Mirele Tofalete, de 32 anos (a mãe) e da filha Isabelly, de 15 anos, saíram de Olímpia com destino a Rio Preto para comemorarem, em um almoço, o aniversário da filha, num trajeto de pouco mais de 40 quilômetros.

A partir das 14h00 desse dia, ocorreu a última comunicação com a família quando Anderson e Mirele pararam de responder e visualizar mensagens enviadas por amigos e familiares. À noite, os celulares do casal e da filha foram desligados, e as chamadas passaram a ser direcionadas para a caixa postal.

Desde então eles não fizeram mais qualquer tipo de contato com amigos ou familiares nem retornaram à residência, fazendo com que o caso fosse registrado na Delegacia de Polícia na sexta-feira, 29.

Uma das pistas é de que o carro da família (VW/Gol) foi registrado por um radar próximo à cidade de Mirassol, 15 km à frente de Rio Preto, já fora do trajeto previamente planejado.

últimas