ECONOMIA

Região Noroeste ‘definha’ frente Vale da Celulose de MS e progresso do Triângulo Mineiro

Região Noroeste ‘definha’ frente Vale da Celulose de MS e progresso do Triângulo Mineiro

Região paulista não leva mais um único investimento de porte há tempos

Região paulista não leva mais um único investimento de porte há tempos

Publicada há 4 horas

A derrocada avança velozmente sobre a região noroeste paulista e já é uma preocupação que transcende os limites de Fernandópolis e atinge praticamente todos os municípios da região noroeste paulista, tendo (talvez) Rio Preto como única exceção.

Enquanto do lado de cá das divisas dos Rios Grande e Paraná não se anunciou - e nem se vislumbra que se anunciará - um único investimento de porte sequer; pelos idos do Triângulo Mineiro e do Sul de Mato Grosso do Sul tem-se uma alavancagem de empresas a se instalarem com geração de milhares de emprego, renda e trazendo em seu bojo o desenvolvimento humano, além de uma valorização imobiliária absurda, sobretudo nos preços rurais.

Vale da Celulose

Iniciemos pelo Vale da Celulose que já teve confirmado R$ 75 bilhões de investimentos privados nos últimos anos (de um total de R$ 105 bilhões previstos para todo o Brasil) e que tem confirmadas quatro fábricas da commodity.

Pois eis que nesta semana o assunto explodiu de vez no Vale, composto por Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas, com a possível – e provável – instalação de mais duas megafábricas da Bracell, do conglomerado indonésio Royal Golden Eagle (RGE).

O grupo, que está no Brasil desde 2003 com uma unidade na Bahia, pretende construir uma nova unidade em Bataguassu (processamento de celulose solúvel) e outra em Água Clara (produção de fibra curta).

O Vale da Celulose já detém 24% da produção nacional da commodity; é a segundo em área cultivada de eucalipto e o primeiro em produção de madeira em tora para papel e celulose. Com três fábricas em operação (e a gigante Arauco já anunciada), são atualmente 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos.

Triângulo Mineiro

Pelos idos de Minas Gerais a situação é simétrica.

Ações estaduais, calcadas principalmente na isenção tributária, tem atraído para lá (e subtraído de cá) diversas empresas. A mais recente perca foi a sucroalcooleira Prata Biotecnologia que tem previsão de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, geração de 600 empregos no período de construção e início operacional em 2028 com geração de lucro de R$ 825 milhões.

Computando somente as conquista de maior porte – e mais recentes – naquela região, temos:

- Cervejaria Imperial, capitaneada pelo empresário fernandopolense Cléber Faria, que já investiu mais de R$ 1,2 bilhão em Frutal, na construção e posterior ampliação da empresa em Frutal;

- Ferrovia Rumo e Usina Coruripe que, juntas, construíram o maior terminal rodoferroviário regional, com investimentos de R$ 95 milhões e capacidade de movimentação de até 2 milhões de toneladas de açúcar por ano, em Iturama;

- R$ 2,5 bilhões do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, na ampliação da fábrica de celulose, objetivando elevar a produção de 1,8 milhão para 4,2 milhões de toneladas em Três Lagoas (MS).

Rezemos. Mas precisa ser com fé. Muita fé!

É o que resta.

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