ECONOMIA

Região Noroeste ‘definha’ frente Vale da Celulose de MS e progresso do Triângulo Mineiro

Região Noroeste ‘definha’ frente Vale da Celulose de MS e progresso do Triângulo Mineiro

Região paulista não leva mais um único investimento de porte há tempos

Região paulista não leva mais um único investimento de porte há tempos

Publicada há 10 meses

A derrocada avança velozmente sobre a região noroeste paulista e já é uma preocupação que transcende os limites de Fernandópolis e atinge praticamente todos os municípios da região noroeste paulista, tendo (talvez) Rio Preto como única exceção.

Enquanto do lado de cá das divisas dos Rios Grande e Paraná não se anunciou - e nem se vislumbra que se anunciará - um único investimento de porte sequer; pelos idos do Triângulo Mineiro e do Sul de Mato Grosso do Sul tem-se uma alavancagem de empresas a se instalarem com geração de milhares de emprego, renda e trazendo em seu bojo o desenvolvimento humano, além de uma valorização imobiliária absurda, sobretudo nos preços rurais.

Vale da Celulose

Iniciemos pelo Vale da Celulose que já teve confirmado R$ 75 bilhões de investimentos privados nos últimos anos (de um total de R$ 105 bilhões previstos para todo o Brasil) e que tem confirmadas quatro fábricas da commodity.

Pois eis que nesta semana o assunto explodiu de vez no Vale, composto por Água Clara, Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Inocência, Paranaíba, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do Pardo, Selvíria e Três Lagoas, com a possível – e provável – instalação de mais duas megafábricas da Bracell, do conglomerado indonésio Royal Golden Eagle (RGE).

O grupo, que está no Brasil desde 2003 com uma unidade na Bahia, pretende construir uma nova unidade em Bataguassu (processamento de celulose solúvel) e outra em Água Clara (produção de fibra curta).

O Vale da Celulose já detém 24% da produção nacional da commodity; é a segundo em área cultivada de eucalipto e o primeiro em produção de madeira em tora para papel e celulose. Com três fábricas em operação (e a gigante Arauco já anunciada), são atualmente 14,9 mil empregos diretos e 12 mil indiretos.

Triângulo Mineiro

Pelos idos de Minas Gerais a situação é simétrica.

Ações estaduais, calcadas principalmente na isenção tributária, tem atraído para lá (e subtraído de cá) diversas empresas. A mais recente perca foi a sucroalcooleira Prata Biotecnologia que tem previsão de investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, geração de 600 empregos no período de construção e início operacional em 2028 com geração de lucro de R$ 825 milhões.

Computando somente as conquista de maior porte – e mais recentes – naquela região, temos:

- Cervejaria Imperial, capitaneada pelo empresário fernandopolense Cléber Faria, que já investiu mais de R$ 1,2 bilhão em Frutal, na construção e posterior ampliação da empresa em Frutal;

- Ferrovia Rumo e Usina Coruripe que, juntas, construíram o maior terminal rodoferroviário regional, com investimentos de R$ 95 milhões e capacidade de movimentação de até 2 milhões de toneladas de açúcar por ano, em Iturama;

- R$ 2,5 bilhões do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, na ampliação da fábrica de celulose, objetivando elevar a produção de 1,8 milhão para 4,2 milhões de toneladas em Três Lagoas (MS).

Rezemos. Mas precisa ser com fé. Muita fé!

É o que resta.

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