Crônica: A chama da inspiração - A história do filósofo grego Plutarco

Crônica: A chama da inspiração - A história do filósofo grego Plutarco

Leia também: A viagem é curta. Não se distraia. Não perca tempo

Leia também: A viagem é curta. Não se distraia. Não perca tempo

Publicada há 23 horas

Minutinho:

A viagem é curta. Não se distraia. Não perca tempo

Por: Rita Bragatto

"A viagem é curta. Não se distraia. Não perca tempo.

Não carregue bagagens desnecessárias.

Aprenda a viver com pouco. A ser autossuficiente.

Seja uma boa companhia pra você. Só então, escolha alguém pra viajar contigo.

Tenha um destino, mas permita-se se perder de vez em quando. Mude de rota sempre que se sentir desconfortável. 

Não tenha medo dos imprevistos. Confie em seus instintos. Aprecie as surpresas do caminho. Sinta novos aromas e sabores. Ouça novas músicas. Dance.

Acorde cedo pra ver o sol nascer. Silencie durante o por do sol. Estes são os momentos em que a natureza medita. Há muita energia positiva circulante. Transmute.

Mantenha o olhar curioso de uma criança. Acredite que, a cada esquina, o mundo pode te surpreender. Observe. Escute mais do que fale. 

Converse com estranhos. Com todos que puder. Não tem problema se não dominar o idioma. Deixe o coração falar. Olhe bem nos olhos deles. Veja a diversidade mas, principalmente, a humanidade. Permita que eles te vejam. Sorria. 

Aproveite também a viagem pra olhar pra dentro; pra se conhecer. Abra espaços pro descanso. Crie locais de afrouxamento para os teus apertos. Deixe fluir as emoções. Inspira. Respira. Solta. Deixa ir.

Lembre-se sempre: você está aqui só de passagem. Portanto, capriche nos instantes. Eles, sim, podem ser eternos."

Crônica:

A chama da inspiração

Por: Sylvio Brito Soares

O historiador e filósofo grego Plutarco dizia que a pintura deve ser uma poesia silenciosa e a poesia, uma pintura que fala.

O artista é alguém que transcende sua humanidade, respirando ares que o comum dos homens não consegue perceber.

Por esse motivo, é tão incompreendido, ultrapassando seu tempo e seu espaço.

Quando voltado para a verdadeira arte, que é o belo manifestando o bom, produz obras de extraordinária essência.

Um dos maiores pintores de rica imaginação foi o alemão Albrecht Dürer. Desde cedo, deu provas de seu talento e produziu quadros de beleza sublime.

Ao retratar A adoração dos magos a Jesus, demonstrou sua notável atenção aos detalhes. Os rostos dos personagens transmitem uma gama de emoções, indo da serenidade de Maria à admiração dos visitantes.

Como o seu Jesus no templo entre os doutores, continua a nos fascinar a cada nova contemplação, redescobrindo significados nos pormenores.

Dois anos antes de sua morte, o pintor fez esboços dos quatro evangelistas. Retocou e retocou, sentindo-se impotente para exprimir o ideal que ele imaginava.

Entristecido, foi à janela e se pôs a contemplar a luz que projetava sua claridade nos monumentos e nas torres agudas das catedrais de Nuremberg.

Uma súplica brotou de sua alma ao Senhor do Universo: Permitistes que homens transformassem pedras em construções harmônicas, de linhas majestosas.

Permiti-me transportar para a tela o que trago na alma.

Então, seus olhos se voltaram para a igreja de São Sebaldo, localizada em frente à prefeitura.

Ele a viu ficar vermelha como em fogo. Nuvens azuis formaram um fundo no qual se desenhavam as imponentes figuras dos quatro apóstolos.

Ficou maravilhado: eram os rostos que ele vinha procurando reproduzir em seus esboços.

Retornou aos pincéis e pintou os quatro apóstolos, sua última obra.

O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.

últimas