Minutinho:
Uma carta de Lincoln
Por: Abrahan Lincoln
“Meu prezado senhor, direi apenas algumas poucas palavras.
A vida fez de mim um homem bem familiarizado com as decepções.
Aos 23 anos, tentei um cargo na política e perdi. Aos 24, abri uma loja que não deu certo. Aos 32, tentei um negócio de advocacia com amigos, mas logo rompemos a sociedade. Ainda naquele ano, tive um grave colapso nervoso e passei um bom tempo no hospital. Com 45 anos, disputei uma cadeira no senado e não ganhei. Aos 47, concorri à nomeação pelo partido republicano para a eleição geral e fui derrotado. Aos 49, tentei o Senado e fracassei novamente, mas, aos 51 anos, finalmente, fui eleito presidente dos Estados Unidos da América.
Por isso, não venha falar de dificuldades, tropeços ou fracassos. Não me interessa saber se você falhou. O que me interessa é se você soube aceitar o tropeço.
Todos os infortúnios que vivi me tornaram um homem mais forte, me ensinaram lições importantes. Aprendi a tolerar os medíocres, afinal, Deus deve amá-los, porque fez vários deles. Aprendi que os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis. Aprendi que, quando se descobre que uma opinião está errada, é preciso descartá-la. Aprendi que a melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades. Aprendi que nunca se deve mudar de cavalo no meio do rio.
Se você está vivendo um momento temporário de fracasso, posso afirmar, com certeza da minha maturidade ou dolorida experiência, que você jamais falhará se estiver determinado a não fazê-lo.
Por mais que você encontre dificuldade no caminho, não desista. Pois saiba que o campo da derrota não está povoado de fracassos, mas de homens que tombaram antes de vencer.”
Sinceramente,
Abraham Lincoln - 16º Presidente
Crônica:
A mulher perfeita
Por: Paulo Coelho
Conta-se que um mestre, chamado Nasrudin, conversava com um amigo, que lhe fez a seguinte pergunta:
- E então, mestre, nunca pensaste em casamento?
- Já pensei, respondeu Nasrudin. Em minha juventude, resolvi conhecer a mulher perfeita. Atravessei o deserto, cheguei a Damasco e conheci uma mulher espiritualizada e linda. Mas ela não sabia nada das coisas do mundo. Continuei a viagem e fui à cidade de Isfahan. Lá encontrei uma mulher que conhecia o reino da matéria e do espírito, mas não era bonita. Então, resolvi ir até o Cairo, onde jantei na casa de uma moça bonita, religiosa e conhecedora da realidade material.
Intrigado, o amigo indagou:
- E por que não casaste com ela?
- Ah! Meu companheiro! Suspirou Nasrudin. Infelizmente ela também procurava um homem perfeito.
Mulher Velada (A Fé) / Antonio Carradini (1743-1744) Museu do Louvre
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