Minutinho: Partida e chegada
Por: Victor Hugo
Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: Já se foi.
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.
Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo.
E talvez, no exato instante em que alguém diz: Já se foi, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: Lá vem o veleiro.
Foto: Ilustração / Fonte: Freepk/IA
Assim é a morte.
Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: Já se foi.
Terá sumido? Evaporado?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado.
Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: Já se foi, no mais Além, outro alguém dirá feliz: Já está chegando.
Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena.
A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.
A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas.
Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da Imortalidade que somos todos nós.
Crônica: Ecos da vida
Por: Autoria desconhecida
Um pequeno garoto e seu pai caminhavam pelas montanhas, quando, de repente o garoto pisa em falso, cai, se machuca e grita: - Ai!
Para sua surpresa, escuta a voz se repetir, em algum lugar da montanha: - Ai!
Curioso, pergunta: - Quem é você?
Recebendo como resposta: - Quem é você?
Contrariado, grita: - Seu covarde!
Escutando como resposta: - Seu covarde!
O garoto olha para o pai e pergunta aflito: - O que é isso papai?
O pai calmamente sorri e fala: - Meu filho, preste atenção!
Então o pai grita em direção à montanha: - Eu admiro você!
A voz responde: - Eu admiro você!
De novo o homem grita: - Você é um campeão!
A voz responde: - Você é um campeão!
O garoto fica espantado sem entender nada.
Então o pai explica: - As pessoas chamam isso de eco, mas, na verdade, isso é a vida. Ela lhe dá de volta tudo o que você diz ou faz. Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração. Se você quer mais responsabilidade de quem está à sua volta, desenvolva a sua responsabilidade. Se você quer mais tolerância das pessoas, seja mais tolerante. Se você quiser mais alegria no mundo, seja mais alegre. Tanto no plano pessoal quanto no profissional, a vida vai lhe dar de volta o que você der a ela. Sua vida não é uma coincidência. Sua vida é a consequência de você mesmo!
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