Rafael Uccman tem mais de 250 mil visualizações no Snapchat
Aos 22 anos e morando em Fernandópolis, um estudante de jornalismo é um fenômeno nas redes sociais. Todas elas! Rafael Uccman atualmente tem 250 mil visualizações no Snapchat, 220 mil seguidores no Instagram, 159 mil no Facebook e mais de 100 mil inscritos no canal do Youtube, e seu público é formado principalmente por adolescentes, mas também tem os mais maduros. “Acho que tenho fãs de 12 a 50 anos, o que inclui a Larissa Manoela, Yasmin Brunet e Sabrina Sato”, orgulha-se ele.
O sucesso já vem rendendo até um dinheiro interessante para o estudante de jornalismo. “Está dando uma grana legal, dá para pagar umas continhas, comprar uns mimos. Mas não gasto tudo, estou economizando”, conta Rafael, que lucra com publicidade em seus perfis, além de ganhar presentes de marcas e de fãs.
Nos vídeos, Rafael Uccman narra acontecimentos do dia a dia, como a busca por uma capa de celular e a primeira depilação, com espaço ainda para paródia e dicas para ganhar dinheiro na internet, sempre com muito bom humor e pouco filtro. “Eu sou assim no dia a dia, e os que me acompanham veem os bastidores da vida real. Eu até evito falar palavrão porque não quero ser mau exemplo para os mais novos, mas às vezes é inevitável, né?”, justifica.
Inevitável também é não reparar no bumbum de Rafael, esculpido com muito agachamento e exercícios na academia. A medida ele diz que não faz questão de saber para não ficar neurótico, mas aposta nos 99 centímetros. “Quando eu falo que não tenho silicone, hidrogel nem nada, as pessoas duvidam. Eu treino muito, e as pessoas esquecem que sou homem. Tenho muita facilidade para ganhar músculo. Tem cara que escolhe ter braço grande, eu escolhi ter perna e bunda grande”, explica.
O fato de esquecerem que ele é menino tem um motivo. Rafael Uccman assumiu sua homosexualidade aos 12 anos, e aos 17 começou a usar roupas femininas. As primeiras peças foram shortinhos curtos, depois, ele passou a usar cropped, até adotar vestidos e saias. “Eu me considero andrógeno. Adoro homens, beijo rapazes, mas gosto de roupa de mulher. Apesar disso, não quero ser mulher, não quero ter seios, assumir papel feminino na sociedade, mudar meu nome, nada disso”, afirma.
Há três anos, antes de assumir sua preferência pelo guarda roupa feminino, e já ciente da sua preferência pelos rapazes, Rafael Uccman chegou a ter uma foto sua publicada na seção “Colírio” da revista “Capricho”, apresentado como um gatinho a ser desejado pelas meninas. Ele garante que não tem nenhum arrependimento: “Foi uma fase maravilhosa que fez de mim o que sou hoje. Era divertido o assédio das meninas”, recorda ele, que ainda brinca: “Elas só não sabiam que eu gostava da mesma fruta que elas”.
