Beto Iquegami

ENTRELINHAS

ENTRELINHAS

Por Beto Iquegami

Por Beto Iquegami

Publicada há 7 anos

Combustíveis: se baixar, confessa; se manter, corre risco operacionais

A inevitável difusão mundial da economia de mercado, por aqui introduzida a fórceps pelos neoliberais que assumiram o poder junto com o PSDB no primeiro governo FHC, certamente trouxe muitas bem vindas consequências, mas, junto, inúmeras distorções, algumas delas até hoje vivenciadas. E a tão propagada “carteirização dos combustíveis” em Fernandópolis é uma delas. Muito possível nenhum outro setor produtivo por aqui instalado tem preços tão “aproximados” - quando não idênticos - como os cobrados pelos autopostos ao consumidor final. E o pior é que a simetria nunca se dá por baixo; ao contrário, sempre pagamos valores muito além do usualmente praticados em cidades da região, bem próximas e servidas pelos mesmos distribuidores. Mas agora a situação começa a mudar!



Movimento popular antecipa ação que autoridades deveriam ter tomado

Saturados por anos daquilo que classifica como abusos do setor, um grupo formado em redes sociais ameaça com movimentos para derrubar os preços. As ações vão desde exigência de Notas Fiscais para abastecimentos simbólicos (de R$ 0,50 por exemplo), até a carreatas com direito a buzinaços. E resultados já começaram a brotar. Num posto, desde quarta-feira, os preços do álcool e gasolina caíram substancialmente, similarmente aos praticados no mercado jalesense; em outro, ontem, a redução, foi ainda maior. Fica então a dúvida: por que não o fizeram antes? Fazendo-o agora, dá-se a impressão de sucumbirem à pressão e de que realmente praticavam preços aviltantes. E se não o fizerem, o risco é de sumiço dos consumidores. Na real, já tarda uma Ação Civil Pública por parte da Promotoria, a quem incumbe, legalmente, a obrigação.



Anuncie de vez secretário Benko!

Hoje, enquanto este diário ganha às ruas e a conquista do Selo Verde Azul já é passado, Fernandópolis pode estar dando passo decisivo. Com baixos índices de desenvolvimento industrial, comparativamente a outros municípios de porte similar, uma nova vocação, que aporta, no mínimo, R$ 550 mil a mais aos orçamentos anuais, focada no turismo, pode ser confirmada com a visita do secretário estadual da pasta, Laércio Benko. Ele cumpre agenda surpresa na Prefeitura às 15h00 e também deve percorrer pontos situados no município que justifiquem a concessão do selo de “Município de Interesse Turístico”. Até o final de 2017, com mais 140 concessões, 1/3 dos municípios paulistas estarão qualificado para o setor.



IN OFF


14º: ao menos até final do ano
Após a decisão do TJ-SP extirpando o pagamento do 14º salários aos servidores municipais fernandopolenses, eis que a vereança, através de sua procuradoria jurídica apresentou recurso denominado Embargos de Declarações visando mantê-lo.

Princípio da equidade
O fundamento que embasa a peça subscrita por Thales Zaine roga o adiamento até o final do ano da cessação, para que todos os funcionários que ainda não o receberam, também o façam. Igualdade com aqueles já beneficiados.

Contaminação em alta
Se, inicialmente, o foco da Operação Arranjo da PF de Jales era empresas de Jales, Fernandópolis e Mira Estrela que prestaram serviços na área de assistência social e afins em Urânia, agora o leque se abriu exponencialmente.
 
Mais sete municípios
Já é certo que a atuação ultrapassou as lindes territoriais supracitadas e atingiu também Pedranópolis, Pirajui, Rubinéia, Vitória Brasil, Populina e Santa Clara que, agora, também estão na mira da lupa da Polícia Federal.

Eleição e aproximação
Com o calendário eleitoral apertando, eis que, simultaneamente, dois deputados estaduais bateram pernas por aqui ontem. São os tucanos Analice Fernandes e Carlão Pignatari retomando contatos.

Oba. Eis o trunfo
Nos bastidores políticos vizinho é dado como certa a inclusão de Votuporanga dentre as 120 vagas restantes como “Município de Interesse Turístico”. O principal trunfo, afora a enorme força política, é o Carnaval do Oba.

E a Expo então?
Sensatamente, a expoência do Oba ultrapassou, de muito, a da festa daqui, mas sem que isso prejudique a afirmação que ainda se trata de um dos mais tradicionais eventos do Estado e que muito ajudará na pretensão.

Região também tem “famosos”
Não pensem que a região está “acéfala” no rol dos famosos da Lava Jato. Além de muitos que estão, literalmente, esperando a Federal bater às portas, já temos um detido. É o catanduvense Tadeu Filippelli, ex-assessor de Temer.

Quebrando o “cartel”
Apesar de alguns deslizes, sobretudo quando adjetivam o setor, exaltações há que se conferir a iniciativa popular que visa derrubar os preços dos combustíveis em Fernandópolis. Quiça o exemplo se propague!

Sem politicaria
Aparentemente essa ação popular é a primeira que se vislumbra em Fernandópolis em muitos anos sem qualquer fundo político. Várias outras similares ocorreram, mas sempre, infelizmente, existiam interesses outros.

Perguntar ofende?
- Não seria o caso do Ministério Público promover uma ação coletiva contra esse cartel?
De um advogado, clamando por ação dos promotores contra os donos de postos em Fernandópolis, mostrando o fundamento jurídico da ação.




frase da semana


Precisamos desenvolver ações para que elas não dependam do assistencialismo para o resto das vidas”.


Do deputado Carlão Pignatari-PSDB, em reunião do DRADS ocorrida ontem na Câmara local, sobre as pessoas beneficiadas com projetos da diretoria.


Perdeu! luta chega ao fim  e frigorífico da JBS, em Santa Fé, será mesmo fechado

Pelo visto de nada adiantou o empenho do prefeito Ademir Machio-DEM (foto) e de lideranças políticas (Fausto Pinato, Carlão Pignatari e Itamar Borges inclusos). A cúpula da JBS decidiu, de vez, fechar a unidade santa-fe-sulense, que já estava praticamente desativada antes da virada do ano. A medida ceifa, definitivamente, 600 empregos diretos na cidade e põe fim às tentativas de retomada do empreendimento. Detalhe: a decisão havia sido tomada antes mesmo do escândalo das delações premiadas de Joesley Batista.



30 cargos de confiança a menos
Quem ler somente esta parte da coluna, certamente elogiará. Flá Prandi-DEM, numa só tacada, extinguiu 30 cargos de confiança no Executivo jalesense. A medida, enviada para a aprovação da vereança, atenda a um Termo de Ajustamento de Conduta firmado com a Promotoria.
 
Mas criou outros 16
Agora vem a parte ruim. Prandi, juntamente com a extinção dos 30, todos de segundo escalão, propôs a criação de outros 16 novos cargos. Em cifras, toda a movimentação resultará em R$ 7 mil a menos por mês.


Sem ter o que chorar
Os dados são da Secretaria do Tesouro, portanto, inquestionáveis. O primeiro decêndio do FPM deste mês cresceu 14,4% comparativamente a mesmo período de 2016. No ano, o acréscimo acumulado bate na casa dos 8,71% bruto, ou 4,16% desconta a inflação. Índices surpreendentes.

Orçamento de R$ 217 milhões
Seguindo a esteira progressista, a Lei de Diretrizes Orçamentárias apresentada por Pessuto para 2018 bate na casa dos R$ 217 milhões. O deste ano é de R$ 199 milhões. Ou seja, acréscimo de  quase10%.



A volta de quem já foi: Semeghini estuda candidatura em 2018 para deputado federal

Tucanos da cidade e da região, muitos dos quais atualmente “abrigados” por Fausto Pinato-PP, já não conseguem esconder: é cada vez mais factível o retorno de seu principal líder, Julio Semeghini, às urnas no próximo ano. Eleito federal por quatro vezes e não participando do pleito eletivo de 2014, ele atualmente é secretário de João Dória na Prefeitura paulistana. A candidatura é avaliada como certa em dois cenários. O primeiro e mais factível atualmente é se seu chefe imediato partir para a disputa presidencial. O outro é se o escolhido for o governador Geraldo Alckmin. Apenas se o PSDB escolher outro nome - o que hoje é improvável - é que Semeghini permaneceria no cargo atual.



Briga complicada pelo voto na região
Caso volte, Semeghini encontrará, por aqui, cenário bem diverso de 2010, quando de sua última candidatura, especialmente porque o espaço deixado foi, ainda que parcialmente, ocupado por Pinato, recandidatíssimo em 2018.

E a briga promete anda ser melhor
Vadão Gomes emite sinais contraditórios. Ora ameaça voltar, ora escusa a possibilidade; o empresário jalesense Luís Henrique Moreira, já declarou publicamente que entra na disputa e Júnior Marão promete estar firme na briga.
 
Afora a “reminiscência” da disputa municipal
Alimentando ainda mais a fogueira, partidários de Ana Bim avaliam dar o retorno à ação de Pinato na disputa municipal. Ele, que entrou firme na disputa a favor de André Pessuto, deve bater com algum nome oriundo do grupo de Bim.



Enquanto isso, nesta semana...


O temor do “íntimo”
Que o blogueiro Ricardo Noblat é bem informado, sobretudo em assuntos relacionados a Temer, ninguém duvida. E ele garante que há, nas gravações, trecho não divulgado que incrimina, de vez, o presidente. Serão divulgadas em breve.


No controle da Saúde
A OSS “Santa Casa de Andradina”, que desde abril assumiu a direção da Santa Casa de Fernandópolis, acaba de abocanhar a direção do AME e do Lucy Montoro.

A partir de segunda
Ambos eram administrados pela Santa Casa local, que não conseguiu a renovação do convênio. Mudanças na direção devem ocorrer.



Ótima ideia. SQN!
O deputado Campos Machado-PTB, através de uma PEC, quer elevar, de R$ 21 mil para R$ 30 mil o teto salarial do funcionalismo público estadual. O limite passa a ser o salário dos desembargadores e não mais do governador. Custo? R$ 2 bi anualmente. E só com os “marajás”.

Semeghini, Dilma e Aécio:
O que há em comum entre o médico fernandopolense Luiz Henrique Semeghini, Dilma Rousseff e Aécio Neves? Cravou quem disse o advogado Alberto Zacarias Toron.

Algo em comum
Toron defende Dilma no Inquérito que apura obstrução à Justiça, Aécio numa série de crimes e defendeu Semeghini na acusação de homicídio.




Maquiando dados?
Após a tragicômica ação na Cracolândia, João Dória agora é acusado de maquiar dados a respeito do número de acidentes nas marginas paulistanas após aumentar a velocidade. Os dados da Prefeitura representam 1/3 dos da PM.




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