SAÚDE

Depressão aumenta o risco de desenvolver diabetes

Depressão aumenta o risco de desenvolver diabetes

Recentes estudos indicam que depressão tem efeitos deletérios em outra partes do organismo

Recentes estudos indicam que depressão tem efeitos deletérios em outra partes do organismo

Publicada há 8 anos


Estudos recentes indicam que a depressão não é apenas uma doença da cabeça mas, sim, tem efeitos deletérios em outra partes do organismo. Uma equipe de cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá, trouxe mais uma evidência sobre os perigos da tristeza sem fim para a saúde.


Mais de 2 500 pessoas, com idade entre 40 e 69 anos, foram analisadas. Os experts notaram que a depressão sozinha não foi capaz de aumentar o risco de diabete. Porém, quando o quadro psiquiátrico vinha junto de outras encrencas, como obesidade, hipertensão e colesterol alto, a probabilidade de desenvolver a doença do sangue doce aumentava até seis vezes.


Mas qual a explicação para isso? Os autores sugerem que os indivíduos deprimidos são menos propensos a seguir as orientações médicas destinadas a manter a saúde em dia, como adotar uma dieta equilibrada, fazer atividade física, tomar determinados medicamentos e parar de fumar. Sem obedecer a essas recomendações básicas, a qualidade de vida deles piora — o que agrava a depressão e abre as portas para o diabete.


CUIDANDO DA DEPRESSÃO

 

A depressão é uma das doenças mais recorrentes do século XXI, afetando homens e mulheres de todas as idades. Quem sofre de depressão parece ter estagnado, não encontra forças para enfrentar o quotidiano e chega a pensar que a vida não tem qualquer significado. Lidar com uma pessoa deprimida não é fácil, mas também não é impossível.

 

Compreender a doença. A depressão é uma doença como qualquer outra e a melhor forma de lidar com uma pessoa deprimida é saber exatamente quais os efeitos que a depressão causa no doente, o que este sente e qual a melhor forma de lidar com tudo isso. Ler muito sobre o assunto, acompanhar a pessoa deprimida ao médico, participar em comunidades reais ou virtuais são as principais formas de compreender a depressão e saber dar resposta às angústias e necessidades da pessoa deprimida.

 

Apoio emocional. A depressão não é uma doença que passa de um momento para o outro, ou seja, demora tempo a passar, em alguns casos, até anos. Durante esse tempo, aquilo que a pessoa deprimida mais necessita – para além do acompanhamento médico – é o apoio emocional de quem a rodeia. Compreensão, paciência e carinho são os fatores chaves para quem está a cuidar de uma pessoa deprimida.

 

Saber distinguir a pessoa da doença. É muito difícil lidar com e ajudar uma pessoa deprimida, principalmente quando ela expressa emoções tão intensas como a tristeza, pessimismo, raiva e frustração. Faça os possíveis para se lembrar que é a doença que está a falar e não a pessoa. Evite tentar convencer a pessoa deprimida que aquilo que sente não é real e que ela pode simplesmente “animar-se” para que isso passe. Em vez de dar conselhos e sugestões, mantenha-se neutro, ouça e ofereça-se para ajudar naquilo que for preciso.

 

Delinear um plano. Ninguém pode ficar sentado em casa à espera que uma depressão passe por si só ou que os medicamentos façam o seu efeito de um dia para o outro – se assim for, ela nunca desaparecerá. É preciso delinear um plano de ação em conjunto com a pessoa deprimida: é preciso saber quais são as coisas que parecem piorar a depressão e evitá-las, mas também perceber quais as atividades que dão um novo alento à pessoa deprimida e repeti-las.

 

Tempo de qualidade juntos. É crucial que a depressão não domine a vida da pessoa deprimida e nem a daquelas que diariamente convivem com essa pessoa. Quais são as coisas que normalmente fazem juntos? Façam-nas! Quantas mais vezes, melhor. A diversão é um dos melhores remédios para a depressão.

 

Tarefas diárias. Para uma pessoa deprimida, até os gestos e rotinas mais mundanas do dia-a-dia se tornam um enorme suplício. Uma das formas mais simples de apoiar uma pessoa deprimida é ajudá-la com as suas pequenas tarefas diárias: pode ser algo tão simples como ir buscar os filhos à escola, ajudá-lo a fazer o jantar, na limpeza da casa ou fazer as compras de supermercado. Ficará surpreendido com o efeito positivo que este tipo de ação terá numa pessoa deprimida, que se sentirá imediatamente mais aliviada.

 

Sair de casa. Uma pessoa deprimida tem uma enorme tendência para se desligar do mundo e fechar-se em casa, o que só dificulta ainda mais a situação. Quanto mais tempo a pessoa deprimida se isolar, mais difícil será ela voltar ao “mundo real”.

 

Cuidar de si. Quem cuida de uma pessoa que está doente, também precisa de se cuidar, caso contrário pode facilmente ficar fisicamente exausto, emocionalmente desgastado e com elevados índices de ansiedade e stress. É crucial que quem cuida de uma pessoa deprimida não concentre cada minuto do seu dia nessa pessoa, no seu estado e nos seus problemas – é necessário que continue a fazer a sua vida normal, sem descurar os momentos de lazer, sem sentimentos de culpa.





últimas