No embate entre as duas únicas equipes que ainda não haviam vencido um jogo sequer no Campeonato Paulista da Série A3, o Fernandópolis Futebol Clube (Fefecê) goleou o Grêmio Barueri por 4 a 2 na noite de quarta-feira (9) e deixou o adversário como o único time que ainda não venceu na competição. A partida, válida pela 12ª rodada, foi disputada no municipal Cláudio Rodante, em Fernandópolis, num clima de desconfiança por conta das investigações da “máfia dos resultados” que envolvem vários clubes, incluindo o Barueri, protagonista de outra denúncia.

Depois do resultado, os dois times continuam nas últimas posições. Em 19º lugar, com seis pontos, o Fefecê conquistou sua primeira vitória no campeonato depois de 11 partidas realizadas. Enquanto isso, o Grêmio Barueri segue com uma campanha pífia, na lanterna, sem nenhum ponto conquistado e com saldo de gols negativo (-49). De acordo com o regulamento, seis times serão rebaixados à Segundona 2017 e oito classificam-se para a segunda fase da A3.

O JOGO

A Águia deu a impressão de que aplicaria uma grande goleada ao fazer dois gols relâmpagos, com o volante Rafael Rueda a um minuto e com o meia Samuel aos oito. Mas o Barueri conseguiu equilibrar a partida e diminuiu aos 18, com Bruninho. No segundo tempo, o Fefecê ampliou aos 22 minutos, com Netinho, e aos 34, com Lucas Matos. No final, aos 43, Leanderson diminuiu para o Barueri cobrando pênalti.

PRÓXIMAS PARTIDAS

Pela 13ª rodada, as duas equipes voltam a jogar no próximo domingo. O Fefecê, às 10h, vai a Matão para enfrentar a Matonense no estádio Hudson Buck Ferreira. À tarde, às 16h, o Barueri recebe a Inter de Limeira.

RIVAL

O Grêmio Barueri não cansa de ser alvo de polêmicas. Existem fortes evidências de que o time “entregou” uma partida da quarta rodada da Série A3 quando perdeu por 4 a 0 para o Rio Preto, no dia 11 de fevereiro. Na ocasião, os jogadores do clube teriam sido pressionados por Jaci Martino de Oliveira, que começou a temporada como investidor do Barueri, mas viu a parceria chegar ao fim após um atrito com a diretoria. Um atleta que não quis ser identificado revelou que o antigo parceiro do time entrou no vestiário e pediu que os atletas perdessem o jogo. Caso contrário não haveria dinheiro para pagar os salários. O caso está sendo investigado pelo promotor José Reinaldo Guimarães Carneiro, responsável pela investigação da Máfia do Apito no Campeonato Brasileiro de 2005. Para ele, os indícios de fraude são fortes.