Manifestantes deram as mãos em volta do hospital

Por Breno Guarnieri

Na manhã de ontem (09), aproximadamente 150 pessoas, entre pacientes e acompanhantes, participaram de um protesto defronte ao Hospital de Câncer de Jales, na intenção de fazer um apelo para o não fechamento da unidade de Fernandópolis. No último dia 1º, o presidente da Fundação Pio XII, mantenedora do HC de Barretos, Henrique Prata, declarou que a unidade local encerrará as suas atividades no final deste mês. Os motivos são a falta de credenciamento ao SUS e a queda na arrecadação de recursos tanto do setor privado quanto do público (esfera estadual e federal).

Protesto

Segundo apurou a Reportagem de “O Extra.net”, os próprios pacientes organizaram o protesto e disseram que estão preocupados com a saúde pública na região. Durante a ação, que durou aproximadamente meia hora, eles fizeram uma corrente de oração para pedir que a unidade não feche.

Unidade fernandopolense

Inaugurado em 2013, o hospital funciona com mais de 300 funcionários. No local, são feitos exames preventivos cólo de útero, câncer de próstata e de mama, só de mamografias eram feitas 3,7 mil em média. Os funcionários e os pacientes serão remanejados para os hospitais de Barretos e Jales.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo diz que a Fundação Pio XII, que coordena o HC de Barretos em várias localidades do País, recebeu desde janeiro de 2013, cerca de R$ 700 milhões para realizar os atendimentos em suas unidades, incluindo a de Fernandópolis. A nota diz ainda que desse total, R$ 178 milhões foram repassados pela pasta de forma absolutamente voluntária, para ajudar a cobrir o subfinanciamento federal na área da saúde. O Governo Estadual disse também que vai fazer uma auditoria na Fundação.

Não vai fechar!

No próximo sábado, dia 11, moradores, funcionários e familiares de pacientes que fazem tratamento na unidade fernandopolense realizarão uma manifestação contra o fechamento da instituição. Uma concentração ocorrerá na Praça da Matriz de Fernandópolis, a partir das 9h. Com faixas, cartazes, buzinas e gritos de protesto, os presentes se manifestarão com o intuito de mostrar às autoridades políticas a situação do hospital, que pode encerrar os trabalhos no final deste mês.