MAIS UMA VEZ
Bolsonaro exclui Fernandópolis de projeto ambiental. Votuporanga está incluída
Bolsonaro exclui Fernandópolis de projeto ambiental. Votuporanga está incluída
Rio Preto e Catanduva também estão dentro do projeto de logística reversa, recicláveis e orgânicos
Rio Preto e Catanduva também estão dentro do projeto de logística reversa, recicláveis e orgânicos
Da Redação
O presidente Bolsonaro e ministro Salles durante a assinatura de atos do Programa Lixão Zero da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana. - Foto: Carolina Antunes/PR
Fernandópolis foi novamente preterida em um projeto de nível regional, comparativamente a outros municípios de porte similar. Desta vez foi o governo federal que excluiu o município dentre os beneficiados pelo de implantação de sistemas de coleta reversa. Votuporanga, Catanduva e São José do Rio Preto foi incluídas juntamente com outras 400 cidades do país, consideradas as maiores.
Pelo decreto subscrito pelo presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira,12, há a regulamentação da logística reversa de produtos eletroeletrônicos, que obriga empresas do setor a implantarem sistemas de coleta desse tipo de resíduo e dar sua destinação correta. Uma solenidade no Palácio do Planalto marcou a assinatura da norma, além de oficializar a assinatura de convênios com Prefeituras para a compra de equipamentos de coleta de lixo reciclável e compostagem de resíduos orgânicos.
LOGÍSTICA REVERSA
Em outubro do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente assinou um acordo setorial com entidades que representam as principais empresas de eletroeletrônicos do país como forma de fazer cumprir a logística reversa. O termo consta na lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010), e prevê o retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
Atualmente, existem, segundo o governo, 173 pontos de coleta de eletroeletrônicos no Brasil. O acordo, agora regulamentado em decreto, prevê que esse número aumente para 5 mil pontos até 2025, abrangendo os 400 maiores municípios do país, com mais de 80 mil habitantes, e representam, no total, 60% da população brasileira.
"Esse 60% da população brasileira, que, ao final de 2025, vai ser contemplado, representa uma parcela muito significativa dos resíduos de eletroeletrônicos que temos no Brasil", disse o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em coletiva de imprensa após a cerimônia. Segundo a lei, a logística reversa deve ser implantada na forma de regulamento ou de acordos setoriais e termos de compromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial.
LIXÃO ZERO
A cerimônia no Palácio do Planalto marcou ainda a assinatura de 21 convênios, envolvendo 57 cidades, para financiar a compra de equipamentos de coleta seletiva de lixo reciclável, coleta e compostagem de resíduos orgânicos e instalação de centrais de triagem e tratamento de resídios de construção civil.
Ao todo, o governo federal vai repassar R$ 64 milhões, que também serão usados para a compra de biodigestores, contentores e instalação de ecopontos. Os investimentos devem beneficiar cerca de 1,3 milhão de pessoas. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, os recursos que serão repassados fazem parte do Fundo de Direitos Difusos do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
"Nós vivemos um caos no lixo do Brasil, de norte a sul, todas as regiões, infelizmente, com muitos problemas, e as prefeituras, sobretudo as pequenas, realmente, com uma dificuldade muito grande de encaminhar soluções que sejam ambientalmente corretas, viáveis economicamente e que empreguem mais tecnologia", disse Salles.
*com informações da Agência Brasil