Gustavo Jesus

Apesar do resultado dos dois primeiros exames que chegaram do instituto Adolfo Lutz terem testado negativo para coronavírus, as medidas de confinamento permanecem inalteradas em Fernandópolis.

Em live reproduzida pela página no Facebook da Prefeitura de Fernandópolis, o médico infectologista Márcio Gaggini alertou para o perigo de contaminação, mesmo diante da falta de casos confirmados oficialmente.

“Temos situações de pessoas que tiveram contato com casos positivos e já estão desenvolvendo síndrome gripal. Então, com certeza, o vírus está em Fernandópolis. Ninguém aqui está pensando que não teremos casos de coronavírus. Nós vamos ter, isso é uma realidade, o que queremos é que não tenhamos muitos casos de forma repentina e que não tenhamos condição de tratar esses pacientes de forma adequada. Eu, como médico, não quero chegar a situação da Itália de escolher quem vou colocar no ventilador mecânico e quem vou deixar morrer. Quero que todos vivam. E se não tomarmos essas atitudes, chegará um momento que teremos que fazer essa escolha”, disse Gaggini.

Como a infecção pelo coronavírus ocorre por diversas vezes por indivíduos que não apresentam sintomas, o estado de alerta da população deve ser permanente, não havendo o relaxamento das medidas de precaução que foram adotadas até o momento.

Os pacientes de Fernandópolis, com os testes negativos de hoje e mais um que entrou como suspeito, estão nas seguintes faixas etárias: um entre 20 e 29 anos; seis de 30 a 39 anos; dois de 50 a 59 anos; um de 60 a 69 e três a cima de 80 anos.