Projeto que corta os salários dos vereadores já tramita há um mês na Câmara

Da Redação

A maioria dos parlamentares rio-pretenses se diz contra o projeto de lei do vereador Gerson Furquim (Podemos) que reduz os salários deles mesmos, do prefeito Edinho Araújo (MDB) e do vice Eleuses Paiva (PSD) em 50%. Com exceção do autor, nenhum outro parlamentar declarou apoio à proposta.

O projeto de resolução foi apresentado há exatamente um mês e ainda aguarda parecer pela legalidade ou ilegalidade na Diretoria Jurídica da Câmara. Na sua justificativa, Furquim afirma que "se o setor privado sofre, se o trabalhador sofre, nada mais justo que os agentes políticos deem também sua contribuição, já que a queda na arrecadação será inevitável e os serviços essenciais precisam ser mantidos".

Caso fosse aprovada, a proposta geraria uma economia de R$ 63 mil mensais e, entre maio e dezembro, chegaria a R$ 505 mil. A verba seria enviada para o município combater a Covid-19. Hoje, o salário do prefeito Edinho é de R$ 17.167,04, do vice Eleuses R$ 8.500 e do é R$ 5.907,23.

Os vereadores se dividiram entre criticar o autor da proposta - "ele ficou 30 anos na Câmara e não fez nada" - e chamar o projeto de demagógico.

Na Assembleia Legislativa, os deputados estaduais optaram na semana passada por cortar 30% de seus vencimentos e outras economias, como a redução salarial de servidores, que, somadas, chegam a R$ 320 milhões. O valor será repassado para o governo do Estado ampliar o combate ao novo coronavírus.

Fonte: DLNews