PANDEMIA
Ocupação de UTIs para coronavírus pode levar região para a fase vermelha do Plano SP
Ocupação de UTIs para coronavírus pode levar região para a fase vermelha do Plano SP
Hospitais da região estão sobrecarregados de pacientes com coronavírus
Hospitais da região estão sobrecarregados de pacientes com coronavírus
Mapa com a atual classificação do Plano SP
Gustavo Jesus
Desde o início do Plano SP a região de São José do Rio Preto, que Fernandópolis faz parte, esteve inserida na Fase Laranja, qual a liberação controlada do atendimento no comércio e shoppings, por exemplo.
Mesmo em crescente, os números da região sempre se mantiveram razoavelmente controlados e, principalmente, a capacidade do sistema de saúde era sempre excelente, sendo inclusive classificada na fase verde.
Nas quatro primeiras atualizações a região esteve sempre próxima aos 40% de taxa de ocupação, passou para 52,3% na avaliação publicada em 3 de julho e atingiu 65% no dia 10.
De acordo com a última atualização do mapa do coronavírus, a região atingiu nesta terça-feira, 14. 70,5% de ocupação nas UTIs, maior índice já atingido pela região.
Com essa classificação a DRS de Rio Preto está numa inédita fase laranja para este critério, correndo o risco de ser enquadrada na fase vermelha caso a situação não melhore até o balanço de quinta-feira, 16, quando os dados são consolidados para um possível recuo de fase.
Para não ser obrigada a recuar e fechar os serviços não essenciais, como comércio e shoppings, a ocupação das UTIs não pode passar dos 80%.
Boletim Covid-19 emitido pelo Hospital de Base mostra que na segunda-feira, 107 dos 117 leitos da instituição estavam ocupados, a maior lotação desde que a pandemia começou. O hospital é referência regional no tratamento da doença.
A Santa Casa de Fernandópolis, que chegou a ter apenas um paciente internado na sexta-feira, 10, tem, segundo o boletim divulgado ontem, cinco pacientes ocupando leitos de UTI, de um total de seis.
No critério evolução da pandemia os números são semelhantes aos da semana passada, o que deve garantir a classificação laranja para estes dados.
COMO É FEITO O CÁLCULO
O avanço ou restrição de uma região dentro do Plano SP, que determina a quarentena heterogênea no estado, leva em consideração uma fórmula matemática baseada em número de casos, óbitos e internações por coronavírus.
Há dois critérios para cálculo da fase de risco e enquadramento de cada região: capacidade de resposta do sistema de saúde e evolução da epidemia.
O critério “Capacidade de Resposta do Sistema de Saúde” é composto pelos seguintes indicadores: (1) taxa de ocupação de leitos hospitalares destinados ao tratamento intensivo de pacientes com COVID-19; e (2) quantidade de leitos hospitalares destinados ao tratamento intensivo de pacientes com COVID-19 por 100 mil habitantes.
O critério “Evolução da epidemia” é composto pelos seguintes indicadores: (1) taxa de contaminação; (2) taxa de internação; e (3) taxa de óbitos. Os cálculos para cada um dos indicadores são detalhados no decreto.