Crônica: O Cachorrinho

Crônica: O Cachorrinho

O Conto de uma deficiente e seu animalzinho de estimação

O Conto de uma deficiente e seu animalzinho de estimação

Publicada há 1 ano

MINUTINHO

Se tiveres paciência

Por: Emmanuel/Chico Xavier

Se tiveres paciência, serás o sustentáculo do instituto doméstico, evitando conflitos e contendas entre aqueles que mais amas.

Se tiveres paciência, auxiliarás ao colega de trabalho na inexperiência que demonstre, amparando-lhe o espírito contra a inquietação do desemprego e angariando um amigo para o dia de tuas necessidades.

Se tiveres paciência com os amigos de teu grupo social, conseguirás vaciná-los contra o delírio da discórdia e contra o frio do desânimo.

Se tiveres paciência com o teu próprio corpo, abstendo-te dos desmandos da cólera e das extravagâncias da alimentação, resguardarás a própria saúde.

Se tiveres paciência, saberás cultivar a tolerância e a cortesia, nas vias públicas, sobrepondo-te, quase sempre, aos assaltos da delinquência.

Se tiveres paciência, a paz em ti se te fará clima da esperança e do otimismo, que te sustentarão nos caminhos do Bem.

CRÔNICA

O cachorrinho

Por: Redação do Momento Espírita

Uma menina entra na lojinha de animais e pergunta o preço dos filhotes à venda.  

– Entre cem e trezentos reais, respondeu o dono.

A menina puxou uns trocados do bolso e disse:

– Mas, eu só tenho dez reais. Poderia ver os filhotes?

O dono da loja sorriu e chamou Princesa, a mãe dos cachorrinhos, que veio correndo, seguida de cinco bolinhas de pelo. Um dos cachorrinhos vinha mais atrás, com dificuldade, mancando de forma visível. A menina apontou aquele cachorrinho e perguntou:

 – O que é que há com ele?

 O dono da loja explicou que o veterinário tinha examinado e descoberto que ele tinha um problema na junta do quadril, mancaria e andaria devagar para sempre.

 A menina se animou e disse com enorme alegria no olhar:

– Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!

O dono da loja respondeu:

– Não, você não vai querer comprar esse. Se quiser realmente ficar com ele, eu lhe dou de presente. 

A menina emudeceu e, com os olhos marejados de lágrimas, olhou firme para o dono da loja e falou:

 – Eu não quero que você o dê para mim. Aquele cachorrinho vale tanto quanto qualquer um dos outros e eu vou pagar tudo. Na verdade, eu lhe dou dez reais agora e mais dez reais por mês, até completar o preço total.

Imagem: ilustração. Foto: Freepik

Surpreso, o dono da loja contestou:

– Você não pode querer realmente comprar este cachorrinho. Ele nunca vai poder correr, pular e brincar com você e com os outros cachorrinhos.

A menina ficou muito séria, acocorou-se e levantou lentamente a perna esquerda da calça, deixando à mostra a prótese que usava para andar. Olhou bem para o dono da loja e respondeu:

 – Veja, não tenho uma perna, eu não corro muito bem e o cachorrinho vai precisar de alguém que entenda isso.

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