POLUIÇÃO VISUAL

Pichações incomodam fernandopolenses: “muro não fica em branco”

Pichações incomodam fernandopolenses: “muro não fica em branco”

O problema é percebido em alguns pontos, como na região central, onde muros são encontrados facilmente “rabiscados”

O problema é percebido em alguns pontos, como na região central, onde muros são encontrados facilmente “rabiscados”

Publicada há 6 meses

Breno Guarnieri

Em Fernandópolis, apesar da pichação não ser ainda uma preocupação alarmante, alguns pontos da cidade convivem com uma maior incidência dessa modalidade de vandalismo. Não é preciso andar muito, e nem só em bairros centrais, para se deparar com muros e paredes de casas pichadas.

Nos bairros mais afastados há alguns exemplos suficientes para irritar qualquer proprietário que teve o seu imóvel atacado por uma série de garranchos logo após ter pintado o local.

Muros de casas (alvos mais constantes), comércio, escolas, placas de trânsito, tapumes de obras. Nem estruturas de pontilhões escapam da ação dos pichadores em Fernandópolis.

Em cerca de dois meses, Paulo Vargas, dono de uma empresa do ramo alimentício, situada no Higienópolis, já pintou o muro três vezes para se livrar das pichações. “Comprei um galão e está acabando. O muro não fica nem duas semanas em branco e eles (pichadores) já estragam de novo”, reclama o comerciante, que vê os vizinhos passarem pelo mesmo problema.

Uma das vizinhas inclusive destaca: "não concordo com as atitudes deles (pichadores). Eles querem destruir um bem tão importante para as pessoas que custam em mantê-lo", disse uma moradora, que afirma que as pichações acontecem à noite e por pessoas não identificadas.

Região central

No centro da cidade, a situação não é diferente. Em algumas ruas as paredes do comércio abrigam ilustrações de pichadores. No cruzamento da avenida Paulo Saravalli com a rua Brasil, recentemente, um muro foi alvo de vandalismo.

Em alguns casos, os muros são pichados e neles escritos palavrões ou até mesmo declarações de amor.

Lei

Praticar dano contra o ordenamento urbano e patrimônio cultural é crime, conforme as diretrizes da Lei 9.605 de 1998 (crimes ambientais), do Código Penal. A pessoa, de acordo com a conduta adotada durante a “ação de pichar” infringirá os artigos 62 a 65 da referida lei.

As autoridades orientam as pessoas a denunciarem os casos de vandalismo contra o patrimônio público ou privado. O denunciante não precisa se identificar. A denúncia pode ser feita pelo telefone 190 (Polícia Militar). Recentemente, nenhum caso foi registrado na delegacia.

Muros de Fernandópolis contendo pichações 


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