Da Redação
Na noite deste domingo, 29, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica no Residencial Lealdade, em Rio Preto, por volta das 21h. A vítima, uma auxiliar administrativa de 37 anos, relatou que o marido, um operador de máquinas de 36 anos, a agrediu fisicamente, além de ter atacado seu irmão, que possui necessidades especiais e também a sua mãe, que é cadeirante.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher relatou aos policiais que já foi agredida outras vezes. Ela contou que está casada com o autor há 11 anos com quem tem três filhos. Desde o início do relacionamento, o companheiro faz uso de maconha, e apesar das constantes agressões físicas, esta foi a primeira vez que a vítima decidiu denunciar o marido.
Segundo a vítima, na noite deste domingo, após buscarem a mãe dela na igreja, o marido parou em um bar para ingerir bebida alcoólica. Ao retornarem à residência, enquanto a vítima ajudava sua mãe, que é cadeirante, a ir ao banheiro, ouviu gritos vindos do irmão, alegando ter sido agredido pelo marido. O autor negou a agressão e, em seguida, passou a agredir o cunhado com socos na cabeça, prometendo "bater de verdade".
A situação se agravou quando a mãe da vítima começou a gritar, chamando a atenção do agressor. Ao tentar intervir para defender sua mãe, a vítima foi violentamente atacada. O marido desferiu um soco em seu rosto, jogando-a no chão e desferindo tapas em sua cabeça. Ao gritar por socorro, o filho da vítima correu para ajudar. Nesse intervalo, o agressor desferiu um soco no rosto da sogra, que acabou lesionada no nariz.
Tentando fugir da violência, a mulher empurrou a cadeira de rodas de sua mãe para fora da residência, mas foi novamente seguida pelo agressor. Ele a puxou pelos cabelos, arrastando-a pelo chão, causando lesões nos joelhos, cotovelo e rosto.
A Polícia Militar apreendeu uma faca no local e prendeu o agressor em flagrante. Ele foi encaminhado ao Plantão Policial, onde negou as agressões durante o interrogatório. No entanto, a vítima manifestou desejo de que todas as medidas judiciais cabíveis fossem tomadas contra o marido, além de solicitar uma medida protetiva de urgência para si e seus familiares. A mulher informou que não tem interesse em recorrer ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM), afirmando que permanecerá em casa com a família.
A mãe da vítima foi levada à UPA Tangará, acompanhada pelo irmão, para receber atendimento médico. O caso será encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) para que as investigações prossigam, e o autor permanece preso, aguardando audiência de custódia.