DOAÇÃO
Alunos da Universidade Brasil acompanham captação de múltiplos órgãos em Jales
Alunos da Universidade Brasil acompanham captação de múltiplos órgãos em Jales
Procedimento contou com o apoio de médicos especializados de Rio Preto
Procedimento contou com o apoio de médicos especializados de Rio Preto
Foto: Divulgação
Da Redação
No último domingo, 4 de maio, a Santa Casa de Misericórdia de Jales realizou uma captação múltipla de órgãos, procedimento que durou cerca de seis horas e contou com o trabalho em conjunto de equipes especializadas.
Foram captados o fígado, os dois rins, as córneas e o coração, este último para a retirada das válvulas cardíacas. A ação foi coordenada pelo enfermeiro Paulo Lima, presidente da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), e teve apoio de uma equipe médica de São José do Rio Preto.
Alunos internos do curso de Medicina da Universidade Brasil (UB), instituição comprometida com a excelência acadêmica há mais de cinco décadas, acompanharam todo o processo de retirada dos órgãos que seriam destinados para pacientes da fila única nacional de transplantes, proporcionando uma nova chance de vida para pessoas em diferentes regiões do país.
Para Victor Hugo Saes Rodrigues, aluno do 11º semestre do curso de Medicina da Universidade Brasil, acompanhar um processo de captação de múltiplos órgãos é mergulhar em um dos momentos mais solenes da medicina. “Durante o procedimento, observei a complexidade técnica envolvida, a profunda responsabilidade ética e o respeito que devem nortear cada etapa. Foi uma honra testemunhar esse momento e integrar a equipe hospitalar em um papel de observação ativa e na organização logística do centro cirúrgico”, relata o universitário.
Marcel Novo da Silva, estudante do curso de Medicina da Universidade Brasil, também acompanhou a captação de órgãos e acredita que essa é uma experiência valiosa, além de ser uma grande oportunidade de aprendizado.
“Acompanhando a captação de órgãos aprendi habilidades técnicas específicas sobre o processo de retirada e conservação do órgão até chegar ao futuro receptor. Cada órgão tem um tempo hábil para ser transplantado e a conservação de cada um também exige líquidos específicos para garantir a integridade das células, fibras, músculo e tecido no geral”, conta o estudante.
Marcel ainda complementa dizendo que sua vontade de ser um doador de órgãos se fortaleceu, assim como a necessidade de relatar essa experiência para família e amigos, com o intuito de que eles também se tornem doadores.
“Acompanhar uma captação múltipla de órgãos é uma aula de humanidade que os livros não ensinam. Experiências desse tipo são momentos que impactam nossos alunos e contribuem para a formação de profissionais conscientes, sensíveis e tecnicamente preparados para atuar com responsabilidade e empatia”, reforça Bárbara Costa, reitora da Universidade Brasil.
Equipe de especialistas para a realização do procedimento
Participaram da captação múltipla de órgãos os médicos Marcella Falleiros e Sidney Ferreira, o enfermeiro James da Souza, todos de São José do Rio Preto; o anestesiologista Ricardo Rodrigues Perbelini, a equipe de enfermeiros e técnicos de enfermagem da Santa Casa de Jales e quatro estudantes de Medicina da Universidade Brasil.