ECONOMIA
Péssimo indicativo! Região exporta 28% a menos nos primeiros 5 meses de 2025
Péssimo indicativo! Região exporta 28% a menos nos primeiros 5 meses de 2025
Dados levam em consideração os 102 municípios da região noroeste paulista atendidos pelo Ciesp
Dados levam em consideração os 102 municípios da região noroeste paulista atendidos pelo Ciesp
Péssimo prelúdio ao empresariado regional, sobretudo àqueles que destinam, total ou parcialmente, suas produções para o mercado internacional, que serve para sinalizar o quão difícil poderá ser o restante deste ano de 2025.
Pois o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Noroeste Paulista, que concentra as ações da associação nacional na área dos 102 municípios da região noroeste paulista, incluindo, por óbvio, toda nossa microrregião, acaba de divulgar o levantamento da balança comercial regional relativo aos cinco primeiros meses deste ano.
Segundo o órgão capitaneado pela diretora-titular Aldina Clarete D’Amico as exportações somaram US$ 656,9 milhões, representando uma queda de 28,7% em relação ao mesmo intervalo de 2024.
Exponenciando preocupações, vê-se que as importações atingiram US$ 130,5 milhões, um aumento de 5,4% na comparação com o ano anterior.
Consequência natural que o resultado mostra: milhões de dólares deixaram de circular desde janeiro em Fernandópolis, Votuporanga, Jales, Santa Fé do Sul, Rio Preto...
E alertemos que o contencioso global causado pelo ‘Dia da Libertação’ propagado pelo presidente Donald Trump, com taxações unilaterais absurdas mundo afora e que afeta o comércio global muito provavelmente não está contabilizado nessa queda.
Mas, porém, entretanto...
Apesar da queda, o comércio internacional da região ainda é superavitário com saldo positivo de US$ 526,4 milhões.
Um dos possíveis motivos para esse resultado é a alta do dólar, que se manteve valorizado em relação ao real. Em janeiro do ano passado a moeda americana valia entre R$ 4,8 e R$ 4,9 e hoje (13/06/2025) está cotado em R$ 5,54.
China: o destino
A China liderou o ranking dos destinos das exportações regionais, com 22,1%. Em seguida, aparecem os Estados Unidos (6,7%) e a Índia (6,3%). No sentido oposto, o Chile foi o maior fornecedor de produtos para a região (29,5%), seguido pela China (25,4%) e pelos Estados Unidos (20,3%).
Entre os principais produtos exportados, destacam-se açúcares e produtos de confeitaria (45%), carnes e miudezas comestíveis (20,6%) e preparações alimentícias diversas (12,1%). Já do lado das importações, os destaques foram peixes, crustáceos e moluscos (32,1%), leite, laticínios e ovos (23%), além de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (16,2%).
Quiçá o segundo semestre traga reversão dos dados, porque, se ratificá-los, significará menos dinheiro circulando naquela que já é uma das regiões mais pobres do Estado paulista.
Há! Quantificando, no primeiro semestre de 2024 (um mês a mais que o atual levantamento) o superávit regional foi de US$ 998,7 milhões. Ou seja, cerca de US$ 472,3 milhões (ou R$ 2.616,542 - cotação 13/06/2025) evaporaram da região.*
*Quando contabilizado os números de junho de 2025 o valor pode variar, para mais ou para menos.
O texto é de livre manifestação do signatário que apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados e não reflete, necessariamente, a opinião do 'O Extra.net'.