Após a morte de uma paciente que havia recebido atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Fernandópolis, a Rede de Urgência e Emergência de Fernandópolis, responsável pela unidade, apresentou Nota Oficial à População visando esclarecer as circunstâncias que envolveu o falecimento de Rosimari Amadeu da Silva, de 49 anos.
Confira-a, na íntegra, abaixo:
Nota Oficial à População: Esclarecimento sobre Atendimento na UPA e Repúdio a Informações Inverídicas
A Rede de Urgência e Emergência de Fernandópolis, por meio da UPA 24h, repudia veementemente a matéria publicada por veículo de imprensa local que, de forma irresponsável e sem compromisso com a verdade, divulgou informações distorcidas sobre um atendimento prestado por esta unidade, gerando interpretações equivocadas na população e afetando diretamente a imagem de profissionais que atuam com seriedade e dedicação.
A reportagem em questão ignora os registros oficiais e apresenta apenas uma narrativa parcial dos fatos, sem consultar a unidade ou verificar os documentos que comprovam toda a assistência prestada.
Diante disso, esta nota tem o objetivo de esclarecer, de forma transparente e acessível, o que realmente ocorreu. A paciente, identificada pelas iniciais R.A.S, de 49 anos, procurou a UPA em momentos distintos, sendo acolhida e atendida por completo em todas as ocasiões. Em sua primeira passagem, apresentava queixa de dor e inchaço na face, sendo avaliada pela equipe médica e encaminhada para exame de imagem (tomografia), que indicou quadro de sinusite crônica, sem alterações sistêmicas graves. Mesmo após ser orientada, a paciente deixou a unidade por conta própria, sem aguardar o resultado e sem alta médica, gerando-se evasão.
Procurou a unidade novamente passou pelos mesmos fluxos de acolhimento e avaliação, foi novamente assistida com responsabilidade, e, mais uma vez, optou por sair da unidade sem concluir os atendimentos indicados, configurando novamente evasão.
Em sua última vinda à UPA, foi mantida em observação, com realização de exames laboratoriais e possibilidade de encaminhamento para avaliação especializada, mas novamente deixou o local antes da finalização do atendimento, mesmo sendo orientada dos riscos e da necessidade de permanecer na unidade, configurando-se evasão novamente. Todas essas passagens estão devidamente registradas em prontuário, com condutas, orientações e registros formais de evasão, conforme os protocolos institucionais.
Após esses episódios, a equipe foi informada de que a paciente passou mal em casa, sendo atendida em estado grave pelo SAMU. Havia relatos de pessoas próximas indicando comportamento confuso, marcha instável e possível uso de medicações controladas irregulares. Diante desse cenário, é inaceitável que uma matéria jornalística seja publicada sem critério de fidelidade às evidências, ignorando documentos oficiais e divulgando suposições que apenas geram insegurança na população e desconfiança infundada sobre os profissionais e a estrutura da UPA.
A unidade está com todos os registros à disposição das autoridades competentes e reitera seu compromisso com a saúde pública, com a ética profissional e com o respeito à população. Notícias infundadas e sensacionalistas não contribuem com a dor da família, não constroem soluções e apenas fragilizam a confiança em um serviço que trabalha diariamente para salvar vidas.
Eduardo Machado
Gerente da Rede de Urgência e Emergência