POLÍTICA
Município da região aparece em lista de envolvidos na fraude do Banco Master
Município da região aparece em lista de envolvidos na fraude do Banco Master
Cinco cidades paulistas aplicaram R$ 218 milhões; Santa Rita d’Oeste figura no esquema
Cinco cidades paulistas aplicaram R$ 218 milhões; Santa Rita d’Oeste figura no esquema

Como explicar o que parece inexplicável? De que maneira um município do Noroeste Paulista, com apenas 2.733 habitantes, surge citado em uma das maiores operações financeiras já deflagradas contra um banco no país?
A resposta, embora ainda incompleta, revela um enredo que coloca Santa Rita d’Oeste — atualmente administrada pelo prefeito Osmar Sampaio (PL) e classificada como Município de Interesse Turístico — sob os holofotes de um escândalo que ganhou proporções nacionais.
Santa Rita d’Oeste integra o grupo de cinco municípios paulistas que, por meio de seus institutos de previdência, aplicaram recursos no Banco Master, alvo da operação que investiga fraudes que podem ultrapassar R$ 12 bilhões.
Os investimentos somam R$ 218 milhões apenas no Estado de São Paulo. No país, o montante supera R$ 1,8 bilhão injetados em títulos de letras financeiras sem cobertura do Fundo Garantidor de Créditos, o que dificulta qualquer recuperação de valores.
As aplicações suspeitas já estavam no radar das autoridades. Em 2024, o Ministério Público de Contas de São Paulo alertou o Tribunal de Contas sobre o risco das operações, recomendando fiscalização urgente.
A Procuradoria insistiu para que os gestores explicassem as medidas adotadas para mitigar eventuais perdas caso o banco não tivesse condições de honrar seus compromissos — cenário que agora se materializa.
Embora Santa Rita d’Oeste tenha investido um valor menor que outros municípios paulistas, o caso se torna emblemático pela discrepância entre o porte populacional e o risco assumido.
No panorama nacional, os maiores aportes são:
Com o Banco Central instaurando a liquidação extrajudicial do Master, resta aos institutos previdenciários acompanhar o desdobramento e aos aposentados e servidores, conviver com o risco real de atrasos ou falta de pagamento dos benefícios.
Além do rombo financeiro, cresce a expectativa pela responsabilização cível e criminal dos dirigentes dos institutos de previdência envolvidos e dos gestores municipais que autorizaram as operações — responsáveis diretos por lançar milhares de servidores e aposentados no limbo da insegurança previdenciária.
F5 Política
- Em pior situação somente o Banco de Brasília (BRB), controlado pelo governo do Distrito Federal, que tentou comprar o Banco Master, com apoio do governador Ibaneis Rocha (MDB), e que injetou R$ 16,7 bilhões no Master entre 2024 e 2025.
- O deputado federal Fausto Pinato (PP) mostra que após cirurgia a garganta está em ordem. Ele disparou críticas a Tarcísio de Freitas (Republicanos) dizendo que o governador perderá a reeleição estadual e que deve enfrentar uma rebelião de prefeitos. Premonição?
- E o prefeito João Paulo Cantarella (PL) deu início ao programa de recapeamento asfáltico em Fernandópolis. As obras tiveram partida nesta quinta, 20, e devem atingir 82 quarteirões consumindo R$ 4,5 milhões provenientes de ação do deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB).
Perguntar ofende?
Como um projeto de lei que dificulta a atuação da Polícia Federal e da Receita Federal pode ajudar a combater a criminalidade?
Por: Beto Iquegami - beto@oextra.net
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