Por Diário de Votuporanga
As brisas suaves de Votuporanga trouxeram, na noite da última terça-feira, um presente nada agradável aos moradores das imediações do Parque da Cultura. O mau odor que tomou conta desta parte do município causou incômodo nos moradores e gerou uma série de reclamações, que inundaram as redes sociais.
Na tarde de hoje, o agrônomo e representante da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Caiubi Comar, relatou à reportagem que a companhia recebeu inúmeras denúncias e questionamentos acerca do problema e que estava averiguando os fatos. O profissional afirmou que, diferente do que havia sido especulado por alguns indivíduos, o cheiro não era resultado de canos de esgoto estourados, vinhaça ou outros resíduos, mas sim da aplicação de um fertilizante orgânico em uma pastagem a 2 km da cidade, localizada na vicinal Adriano Pedro Assi.
Apesar de ser altamente indicado para uso, o problema com o fertilizante deu-se devido a não umidificação do mesmo que, por esse motivo, liberou um odor drástico. “O fertilizante orgânico é recomendável. Eu sou agrônomo, eu recomendo a aplicação em grande quantidade e deve ser usado no mundo todo. Esse tem que estar umificado, ele tem aquela cor enegrecida, antigamente pessoal vinha até com esterco, esse esterco causava até doença devido às bactérias, pois não estava totalmente umificado. Ele teve que passar por processo de descanso”, explicou.
Esse tipo de fertilizante é feito com restos de organismos vivos, como pedaços de animais, resíduos de alimentos, tudo proveniente de organismos vivos. O problema com o odor acontece quando estes resíduos não estão totalmente decompostos.
Advertência
Técnicos da Cetesb estiveram no local para averiguação e, provavelmente, uma advertência será dada o proprietário da área que para que suspensa de imediato a aplicação do fertilizante.