Da Redação

Uma idosa de 80 anos perdeu R$ 100 mil após ser vítima do golpe do cartão em Rio Preto. Criminosos se passaram por funcionários de um banco e convenceram a vítima a fornecer os dados da conta e o próprio cartão bancário.

Segundo informações do boletim de ocorrência, na tarde da última quinta-feira, 4, a idosa contou que recebeu um telefonema de uma pessoa se passando por um funcionário de um banco. No contato, o suposto funcionário relatou que o cartão de crédito da aposentada havia sido clonado.

A vítima contou aos policiais que acreditou na história e autorizou participar de um procedimento para regularizar a situação. O falso funcionário disse que iria transferir a ligação para um segundo colaborador que faria o bloqueio do cartão. Após pegar todas as informações para o suposto bloqueio, o falso agente bancário informou que um outro colaborador da instituição passaria na residência da idosa para buscar o cartão já bloqueado para efetivar o estorno dos valores indevidamente retirados do saldo da vítima.

A idosa não desconfiou da armação e entregou o cartão para o estelionatário.

No dia seguinte, ao ir até a agência bancária, ela foi informada pelo gerente oficial que diversas transações bancárias haviam sido realizadas na soma de R$ 100 mil. Foi então que a idosa descobriu que havia caído em um golpe.

O caso foi registrado na Central de Flagrante de Rio Preto e será investigado.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) aconselha que nunca consumidores forneçam sua senha a terceiros, seja pessoalmente ou por telefone. "Nenhum funcionário está orientado a pedir para o cliente falar ou digitar sua senha ao telefone", informou por meio de nota a Febraban.

A entidade lembra que ao escolher a senha a pessoa não utilize números previsíveis, como data de nascimento, número de telefone residencial, placa do automóvel. E em caso de perda, roubo ou extravio comunique imediatamente à central de atendimento do banco. "Os bancos não enviam funcionários em sua casa ou escritório para retirar seu cartão vencido, bloqueado ou com suspeita de fraude, ou mesmo solicitar informações pessoais como senhas", afirmou.

Passo a passo

Como funciona o golpe

• Golpista liga para a vítima e identifica-se como gerente ou funcionário de banco
• Estelionatário alega que o sistema identificou compras realizadas pelo cartão da vítima em cidades distantes - às vezes até em outros Estados
• Ele informa valores das supostas compras, informando até as lojas em que elas teriam sido feitas
• Após a vítima negar a realização das compras, o golpista informa que será preciso fazer um procedimento com o cartão para o cancelamento e fornece um número de telefone
• A vítima liga no número e é orientada a digitar o número do cartão, a senha e os dígitos de segurança
• Em alguns casos, a vítima é orientada a cortar o cartão para inutilizá-lo
• Mas, em vez de jogar fora, o golpista pede que a vítima coloque em um envelope e entregue a um outro suposto funcionário do banco - que utiliza carro por aplicativo ou motoboy para ir até o local
• Alguns golpistas pedem também uma carta de próprio punho das vítimas
• Os golpistas utilizam as informações e/ou o cartão para transferências ou compras