ECONOMIA

Economia! Votuporanga dispara e Jales ultrapassará Fernandópolis em 13 anos

Economia! Votuporanga dispara e Jales ultrapassará Fernandópolis em 13 anos

A terceira publicação da série Projeto Desenvolve Fernandópolis

A terceira publicação da série Projeto Desenvolve Fernandópolis

Publicada há 1 semana

Nesta coluna especial, damos sequência à série 'Projeto Desenvolve Fernandópolis', iniciada no sábado, 20/04/2024, com a publicação intitulada 'Economia! Votuporanga dispara e Jales ultrapassará Fernandópolis em 13 anos' e que teve sequência com a Parte II, divulgada no último dia 27.

Neste novo capítulo abordamos, através das opiniões do economistas Jair de Moraes, Edson Damasceno e Geraldo Paschoalini, as explicações dos verdadeiros culpados pelo fraco desempenho da economia, a discussão e a análise, assim como a apresentação à sociedade e aos poderes constituídos.

Na próxima semana o derradeiro tema será as soluções que o plano indica para a nossa economia se torne, novamente, a cidade progresso (dos anos 60) agora para os anos 2036/2040.

O Extra.net: Na primeira entrevista, vocês mencionaram, superficialmente, quem são os culpados pelo fraco desempenho da economia de Fernandópolis. Agora, os cidadãos e leitores querem saber de fato, por ordem de importância, a explicação dos principais culpados, as razões, e para quem vocês estão divulgando o projeto?

Jair de Moraes: Dissemos nas edições anteriores que os verdadeiros culpados pelo baixo desenvolvimento econômico da nossa cidade, são as instituições existentes na cidade, sendo as extrativistas, aquelas que mais impactam negativamente, no desempenho da criação de riqueza de Fernandópolis.

Agora, aprofundando um pouco mais, veremos como isso ocorre na prática.

Como exemplo, vamos analisar o comportamento de dois grupos de instituições que, recentemente, estiveram frente a frente: a PMF e o setor empresarial. 

Meses atrás, essas instituições tentaram se compor na operação da licitação dos terrenos do Distrito Industrial VI, com dezenas de empresários interessados nas futuras áreas e o resultado foi um grande desastre, já que poucos interessados permaneceram na licitação. Por que isso acontece somente aqui em Fernandópolis?

Uma análise superficial indica que o setor público municipal se comportou quase como uma instituição extrativista em relação aos empresários, tentando tirar do setor empresarial vantagens financeiras, mediante elevadas taxas municipais, o que gerou uma debandada geral dos investidores.

Tudo isso poderia ter tido melhores resultados, se as instituições envolvidas, se posicionassem com melhor representação nas negociações prévias, com consultas bilaterais e sobretudo com a adoção em conjunto da virtude de magnanimidade e que, ambas pensassem na união de esforços e sobretudo no desenvolvimento futuro da cidade com mais um distrito industrial em operação.

Estimativas anteriores indicam que aquele distrito em operação “full capacity” contribuirá com um IVA de mais de R$ 100 milhões/ano, para o FPM melhorar a transferência pelo rateio das riquezas fiscais para o município.

A divulgação de todos esses entraves e conflitos individualistas entre as nossas instituições, que o Projeto Desenvolve Fernandópolis identificou, como causa relevante da fraca economia da nossa cidade, está sendo divulgado para todos os cidadãos e cidadãs, líderes e interessados na solução desse grave problema.

O Extra.net: No tocante à divulgação do Projeto “Desenvolve Fernandópolis”, qual a estratégia que vocês estão adotando para tornar a ideia mais conhecida possível pela população e lideranças, assim como gerar uma onda de fortes adesões por parte dos cidadãos e cidadãs?

Jair de Moraes: Como diz o nosso colega economista Edson Damasceno, “o nosso sonho seria transformar o Projeto numa espécie de MIP – Movimento de Interesse Público -, onde de maneira organizada e com grande envolvimento das pessoas, de tal forma que pudéssemos atuar em várias direções de soluções e em um número maior de voluntariado. Mas, não estamos organizados para isso, e sem tempo para uma missão maior, pois trabalhamos apenas em finais de semana”.

Assim, prevaleceu a ideia do nosso colega economista Geraldo Paschoalini, que sugeriu o trabalho tipo missionário, no sentido de apostolado mesmo, de apresentar o projeto a cada cidadão e cidadã, líderes, que têm interesse na reversão da situação desconfortável que se encontra a economia de Fernandópolis.

Temos certeza que o nosso projeto irá crescer muito, e que poderá se transformar numa grande onda que irá ressuscitar Fernandópolis da sua fraqueza econômica, elevando o seu PIB aos patamares da cidade progresso.

O Extra.net: Por ser um ano político e como já foi sacramentado que o projeto de vocês é suprapartidário e não representa nenhuma base de candidatos, onde vocês querem chegar com o Desenvolve Fernandópolis?

Jair de Moraes: Sim, somos um grupo suprapartidário e já vamos apresentar o projeto para todos os prefeituráveis e para os blocos de candidatos do momento. Vamos apresentá-lo para todos os poderes constituídos da cidade.

Queremos chegar na montagem de uma estratégia político-econômica, onde será possível elaborar um grande projeto de município e não um Projeto de Governo, conforme as palavras do Edson Damasceno. Onde haverá um plano de 12 a 16 anos a ser seguido, continuamente, onde o Orçamento da cidade passará a ser uma ferramenta de resultados, e não uma peça de ficção científica, e ainda finalmente, onde o regime previdenciário do município seja equilibrado e vantajoso para o Orçamento Municipal.

O Extra.net: Na primeira entrevista, vocês mencionaram, superficialmente, quem são os culpados pelo fraco desempenho da economia de Fernandópolis. Agora, os cidadãos e leitores querem saber de fato, por ordem de importância, a explicação dos principais culpados, as razões, e para quem vocês estão divulgando o projeto?

Edson Damasceno: Não vamos chamar de culpados e sim de ”omissos" o conjunto de Instituições. 

Quais são as Instituições?

Poder Público 

Clubes Serviços 

Associações 

Empresários 

Maçonaria

Imprensa

Sociedade Civil em geral.

Quando não há uma conexão/interação de todas as instituições buscando um só objetivo , o desenvolvimento não acontece.

Prova dessa afirmação está na vizinha Votuporanga, quando há 30 anos um grupo de empresários e as demais instituições se uniram em torno de um projeto de desenvolvimento que acontece sempre.

O Extra.net: No tocante à divulgação do Projeto “Desenvolve Fernandópolis”, qual a estratégia que vocês estão adotando para tornar a ideia mais conhecida possível pela população e lideranças, assim como gerar uma onda de fortes adesões por parte dos cidadãos e cidadãs?

Edson Damasceno: Nosso trabalho de divulgação é no corpo a corpo, e temos pouco tempo para atingir o maior número possível de multiplicadores da ideia. 

O Extra.net: Por ser um ano político e como já foi sacramentado que o projeto de vocês é suprapartidário e não representa nenhuma base de candidatos, onde vocês querem chegar com o Desenvolve Fernandópolis?

Edson Damasceno: Na verdade estamos em uma fase embrionária, temos que provocar a conexão/interação entre as instituições e a partir daí elaborar o projeto que deveria ser executado pelos próximos gestores ao longo do tempo.

Seria um Projeto de Município e não de governo que a cada quatro anos têm seu ciclo interrompido.

O Extra.net: Na primeira entrevista, vocês mencionaram, superficialmente, quem são os culpados pelo fraco desempenho da economia de Fernandópolis. Agora, os cidadãos e leitores querem saber de fato, por ordem de importância, a explicação dos principais culpados, as razões, e para quem vocês estão divulgando o projeto?

Geraldo Paschoalini: No livro “Porque as nações fracassam” os autores Daron Acemoglu e James A. Robinson, falam sobre as origens do Poder, da Prosperidade e da Pobreza, numa narrativa bem elaborada, fazem comparações de comunidades, cidades e países de todos os cantos do mundo e em todas as eras. Em todos os capítulos eles exemplificam sobre instituições extrativistas e as inclusivas.

Portanto, trazendo para nossa realidade, os cidadãos e leitores podem desde já fazerem uma reflexão de quais instituições de nossa Fernandópolis, sejam políticas, econômicas, religiosas, acadêmicas e familiares atuam de maneira extrativista ou inclusiva!

Lembrando que instituições nesse caso, se enquadram, Poder Público, Clubes de Serviços, Associações, Empresários, Maçonaria, Imprensa, Igrejas, Famílias, Sociedade Civil em geral.

Quanto a divulgação do nosso trabalho, até o momento falamos com aproximadamente 20 pessoas, entre elas, possíveis prefeituráveis, religiosos e empresários, e iremos continuar reunindo-nos com o maior número de pessoas possíveis.

O Extra.net: No tocante à divulgação do Projeto “Desenvolve Fernandópolis”, qual a estratégia que vocês estão adotando para tornar a ideia mais conhecida possível pela população e lideranças, assim como gerar uma onda de fortes adesões por parte dos cidadãos e cidadãs?

Geraldo Paschoalini: O trabalho está sendo bem cauteloso, para não ferir suscetibilidades, mas com a coragem de apresentar os números reais de nosso município, conforme constatados nos Censos de 2000 e 2020.

Quanto às adesões e apoio, já estão ocorrendo, uma vez que o projeto é para o bem comum, sem vínculo partidário, pois nenhum de nós três temos interesse político eleitoreiro, somente e humildemente ajudar nossa cidade a encontrar novamente o caminho do desenvolvimento.

O Extra.net: Por ser um ano político e como já foi sacramentado que o projeto de vocês é suprapartidário e não representa nenhuma base de candidatos, onde vocês querem chegar com o Desenvolve Fernandópolis?

Geraldo Paschoalini: Acreditamos que o desenvolvimento de Fernandópolis, perdeu o foco há diversos anos. É relevante criar um clima extraordinário, revigorado nos munícipes, pensar em desenvolvimento diuturnamente, seja empresários, servidores do funcionalismo público, e autoridades de modo geral.

Precisamos ser mais bairristas (positivos), amar verdadeiramente nossa terra, sem pensar em interesse financeiro próprio, se faz necessário buscar novos caminhos para unir de verdade e não só para visibilidade midiática, ou de fachada!

Uma cidade focada no desenvolvimento, que trata o empreendedorismo, a geração de riquezas, como de extrema relevância em todas as pautas, assim certamente os problemas sociais diminuirão e teremos uma cidade mais humanizada.

As igrejas e algumas entidades de filantropia de nosso município, fazem um trabalho maravilhoso de assistência aos mais necessitados, no entanto, é preciso refletir sobre a maneira ideal de disseminar mais o empreendedorismo inclusivo, que além de fazer caridade ensina a pescar.

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