POLÍCIA

Região: Polícia Civil identifica quadrilha especializada em crimes contra idosos

Região: Polícia Civil identifica quadrilha especializada em crimes contra idosos

Seis indivíduos foram identificados, três foram indiciados e um está preso preventivamente. Os prejuízos chegaram a R$ 23 mil para as vítimas da região

Seis indivíduos foram identificados, três foram indiciados e um está preso preventivamente. Os prejuízos chegaram a R$ 23 mil para as vítimas da região

Publicada há 1 mês

Da Redação

A Polícia Civil de Urupês concluiu recentemente a operação denominada Hidra de Lerna, encerrando dois inquéritos policiais que investigavam crimes de estelionato e furto mediante fraude contra idosos na cidade. A operação encerrou no final de maio e revelou um esquema criminoso sofisticado, que causou grandes prejuízos a idosos. 

A primeira vítima, uma idosa de 75 anos, sofreu um prejuízo de R$ 5 mil após permitir que dois rapazes entrassem em sua casa. Eles se apresentaram como vendedores de filtros de água e, utilizando o cartão bancário da idosa, realizaram transações fraudulentas. 

Uma segunda vítima, de 78 anos, teve um prejuízo de mais de R$ 18 mil. Após o roubo de seus cartões bancários, a quadrilha realizou diversas compras em lojas de eletrodomésticos, joalherias, postos de combustíveis, oficinas mecânicas e restaurantes. 

Após quebra de sigilo bancário e telefônico, cinco suspeitos, entre 30 e 52 anos, foram identificados. Um empresário, de 41 anos, apontado como líder da quadrilha, usava sua empresa de venda de filtros de água como fachada para os golpes. Morador da cidade de Americana, ele já possui condenações na Justiça e, baseado em suas ligações e outras evidências, ele foi preso preventivamente. 

A primeira vítima reconheceu um homem de 31 anos, como sendo um dos golpistas que esteve em sua casa. Um outro golpista, de 30 anos, chegou a comprar um anel de noivado para sua namorada, uma mulher de 31 anos, que também está sendo investigada como integrante da quadrilha. 

Os investigados possuem um histórico criminal extenso, incluindo crimes patrimoniais, estelionatos, roubos com violência, furtos, homicídios tentados e crimes sexuais. Um dos membros da quadrilha, inclusive, já trocou tiros com policiais na região de Campinas após uma perseguição.  

Como funcionavam os golpes 

Os criminosos viajavam para diferentes partes do estado de São Paulo, fingindo vender filtros de água. Uma vez dentro das casas dos idosos, utilizavam duas estratégias: na primeira, após a venda do filtro, cobravam valores superiores aos acordados ao manusear os cartões bancários das vítimas. Na segunda, se a venda não fosse concretizada, um golpista distraía o idoso enquanto o outro roubava o cartão bancário, geralmente junto com a senha. Com esses cartões, realizavam saques, empréstimos e diversas compras.

 A operação foi batizada de Hidra de Lerna, em referência ao monstro da mitologia grega com corpo de dragão e várias cabeças de serpente que se regeneravam, simbolizando a ramificação da quadrilha em várias regiões do estado, apesar de sua base principal ser em Americana e Santa Bárbara D'Oeste. 

A Polícia Civil alerta os familiares de idosos para que orientem seus entes a nunca receberem estranhos em casa e a evitarem transações financeiras sem a presença de parentes que possam verificar e auxiliar. 


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