POLÍTICA
Cantarella e Mazetti herdam R$ 37 milhões em dívidas do governo Pessuto
Cantarella e Mazetti herdam R$ 37 milhões em dívidas do governo Pessuto
Em 2017, ex-prefeito reclamou de R$ 52 milhões em débitos deixados por Ana Bim
Em 2017, ex-prefeito reclamou de R$ 52 milhões em débitos deixados por Ana Bim
Um balanço dos primeiros 30 dias de governo foi divulgado pelo prefeito João Paulo Cantarella (PL) e pelo vice Marcos Mazetti (PL), custodiados pelo secretário de Finanças José Carlos Roda e, para surpresas de muitos, o município de Fernandópolis continua – após oito anos de administração de André Pessuto (UB) – com dívidas milionárias (literalmente).
Pelos dados divulgados em coletiva de Imprensa, atualmente o número bate na casa dos R$ 37 milhões empenhados sob a rubrica ‘Restos a Pagar’ e que deveriam ter sidos quitados no exercício de 2024.
Dentre o rol dos principais débitos estão obrigações trabalhistas de professores celetistas; retenções de consignados e INSS; com a empresa responsável pela coleta de lixo; com a Ágil, responsável por terceirados no município, dentre outros.
Fantasma do passado
Recapitulando, há cerca de oito anos, em evento similar, o ex-prefeito André Pessuto, em coletiva à Imprensa, divulgou – com as pompas necessárias – o valor apurado da dívida herdada pelo seu recém-iniciado governo da antecessora Ana Bim.
Pelos seus números (posteriormente contestados pela ex-alcaidessa) o volume dos débitos em 31 de dezembro de 2016 era de R$ 52.520.659,87.
Só R$ 15 milhões quitados?
Pois a conta, simplicista e arredondada, baseada nos índices divulgados hoje, mostra um cenário que contradiz com o regime de transparência e austeridade supostamente adotado no governo anterior.
Apenas cerca de R$ 15 milhões foram quitados pelo ex-gestor em seus 48 meses de mandato.
Resumidamente, apesar do vertiginoso crescimento arrecadatório no município, foram pagos cerca de R$ 321 mil por mês de administração.
Orçamento cresceu 2,4 vezes
Rememorando, o Orçamento da Prefeitura Municipal de Fernandópolis em 2016 (o último de Ana Bim) foi de R$ 173 milhões.
O do início da gestão Pessuto foi de R$ 199 milhões e o de 2024, o último ano de seu governo, de, pasmem, R$ 421 milhões.
Evidente assimetria entre o crescimento das receitas e o abatimento das dívidas.
PS: os dados exatos, incluindo relação de credores, devem ser divulgados pela Secretaria de Comunicação nas próximas horas.
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