DE PAI PRA FILH

Pais de bem com a espiritualidade, têm filhos de bem com a vida

Pais de bem com a espiritualidade, têm filhos de bem com a vida

"É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da vida”

"É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da vida”

Publicada há 7 anos



A gente sabe tudo sobre educação de crianças, psicologia infantil, comportamento de adolescentes, não é? Está tudo ao alcance da mão. Basta um clique (literalmente) e um universo inacreditável de informações cai no nosso colo. E lá ficamos nós, engolidos em perplexidade, perguntando: “Afinal, com tantos recursos, com tanta informação, por que a gente não acerta sempre? Por que temos essa sensação de que alguma coisa saiu errada? Filmes como Kids ou “Réquiem” mostram crianças e jovens jogados em um mundo sempre muito escuro e do qual eles mal se dão conta, tão intoxicados pelas drogas e pelo escapismo mais brutal. Como foi que aqueles bebês risonhos cresceram para ficar assim? Onde foi que perdemos contato com eles? 


Ninguém discute que somos todos bem intencionadas criaturas que procuram dar o melhor para seus filhos. Então o que é que pode estar faltando? Para alguns estudiosos, a resposta é clara: no afã de prover os filhos com tanto conhecimento e tantos cursos, brinquedos, treinos, aparelhos, idiomas, os pais esqueceram de olhar para dentro de suas crianças e enxergá las como verdadeiramente são: seres espirituais. Nessa linha de pensamento, Mimi Doe, uma especialista em educação e autora de vários livros e de programas infantis não violentos para a televisão, faz uma afirmação inspiradora: “A espiritualidade é a base a partir da qual nascem a autoestima, os valores, a ética e a sensação de fazer parte de algo. É a espiritualidade que determina o sentido e o significado da vida”. Outros estudiosos fazem eco. SpirituPais de bem com a espiritualidade, têm filhos de bem com a vida al Parenting (uma expressãozinha difícil de traduzir, mas que significaria algo como paternidade/maternidade espiritual), é uma ideia que abre muitas possibilidades. Houve um tempo em que nossos filhos eram nossa única garantia de imortalidade. Através deles, nos sentíamos projetados para o futuro, elos de uma cadeia sem fim. Os gestos repetidos, os ensinamentos, os exemplos, as histórias contadas, as receitas, as festas, as tradições, tudo era parte de um legado que transmitíamos às crianças, mas que, na verdade, não nos pertencia. 


Os pais eram uma ponte entre o passado e o futuro. E criar filhos era transmitir a herança da espécie, da melhor forma possível, porque cada um dos nossos atos era apenas um movimento na grande dança do universo. A proposta de Mimi, em seu livro, é resgatar esse sentimento de que educar filhos pode ser, ainda hoje, um verdadeiro milagre. Não é nada esotérico, nem específico dessa ou daquela religião. Ao contrário, abrir um espaço para a espiritualidade na relação com as crianças éfazer coisas simples, como criar um ambiente agradável e receptivo na hora do jantar ou marcar um dia por mês para um “estar em família” diferente. Juntos, talvez você e ele se animem a aprender a meditar, a valorizar a bondade e a compaixão através das boas ações, a tirar da gaveta aquela idéia de participar de um projeto comunitário. Outra ideia importante: deixar que nossos pequenos nos inspirem. Eles são naturalmente conectados com essa forma de espiritualidade. E se estivermos mais atentos, podemos aprender muito com a sua poderosa intuição. Essa é a primeira regra de ouro para quem quer se tornar um pai (ou mãe) mais espiritual: As crianças estão próximas de Deus e podem nos ajudar muito a encontrá lo. Isso não quer dizer que elas não precisem de disciplina, de orientação ou de firmeza. Mas significa que ser pais não nos torna automaticamente sábios e que devemos ir com calma antes de achar que sabemos sempre o que é melhor para as crianças. 


Na verdade, nós apenas percorremos juntos a mesma estrada e fomos os escolhidos para a posição de guias não por sermos superiores, mas porque conhecemos melhor o mundo. Só por isso.  Busque o maravilhoso fora do trivial. Celebre junto com seu filho os fatos admiráveis de cada dia. Invente rituais, motivos para celebrar.  Faça de cada dia um novo começo.  Acredite, você e seu pequeno foram, literalmente, feitos um para o outro.

últimas