PANDEMIA

Governo de SP cria 'fase de transição' e libera comércio e atividades religiosas

Governo de SP cria 'fase de transição' e libera comércio e atividades religiosas

O toque de recolher, das 20h às 5h, foi mantido

O toque de recolher, das 20h às 5h, foi mantido

Publicada há 3 anos

Regras da fase de transição do Plano São Paulo  — Foto: Governo de SPRegras da fase de transição do Plano São Paulo - Foto: Governo de SP

Da Redação/G1

O governo de São Paulo criou uma nova fase do plano de flexibilização da quarentena, entre a vermelha e a laranja, e autorizou a abertura de comércios e atividades religiosas em horários reduzidos de funcionamento a partir deste domingo, 18.

Com a mudança, shoppings e lojas de rua, que só eram autorizadas a abrir a partir da fase laranja, vão poder operar já neste final de semana. O toque de recolher, das 20h às 5h, foi mantido.

A decisão ocorre após uma leve queda na taxa de internações por Covid-19 no estado, que está em torno de 85% nas UTIs, o que para especialistas ainda indica uma situação crítica do sistema de saúde.

A medida foi definida pela gestão estadual como uma "fase transitória", e prevê a liberação gradual de outros setores da economia ao longo de duas semanas. No próximo sábado, 24, poderão voltar a operar restaurantes, salões de beleza e academias. Os parques serão abertos na mesma data.

O que muda com a fase de transição:

  • Shoppings e lojas de rua podem ter atendimento presencial a partir deste domingo (18), das 11h às 19h, com público limitado a 25% da capacidade total;
  • Cultos, missas e outras atividades religiosas coletivas podem ocorrer a partir deste domingo (18), com distanciamento e controle de acesso;
  • Restaurantes e lanchonetes podem ter atendimento presencial a partir do dia 24 de abril, das 11h às 19h, com 25% da capacidade total;
  • Salões de beleza e cabelereiros podem ter atendimento presencial a partir do dia 24 de abril, das 11h às 19h, com 25% da capacidade total;
  • Cinemas, teatros, museus, eventos e convenções podem funcionar partir do dia 24 de abril, das 11h às 19h, com controle de acesso, público sentado, assentos marcados e 25% da capacidade;
  • Academias, clubes e centros esportivos podem funcionar partir do dia 24 de abril, das 7h às 11h e das 15h às 19h, apenas para atividades físicas individuais agendadas, com 25% da capacidade total.
  • Parques serão abertos a partir do dia 24 de abril.


A limitação do público para até 25% da capacidade total de cada estabelecimento é uma criação desta nova fase de transição. Na fase laranja, os serviços poderiam operar com até 40% da capacidade.

Na prática, no entanto, a limitação da capacidade máxima não é fiscalizada nos estabelecimentos autorizados a operar. A vigilância estadual foca a fiscalização no uso obrigatório de máscara, enquanto as vigilâncias municipais se ocupam principalmente do cumprimento dos horários. Restrições como distanciamento entre clientes e ocupação máxima, na prática, são recomendações aos setores.

O coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, disse que é importante a limitação de público para até 25% na fase de transição, e destacou que a criação desta etapa evitou que algumas regiões flexibilizassem ainda mais a quarentena. Os indicadores de pelo menos quatro regiões do estado, no entanto, ainda são compatíveis com a fase vermelha.

"Optou-se por fazer uma fase de transição, que todo o estado continua com uma uniformidade, que facilita o controle e que as pessoas não saiam de uma região para buscar um serviço que está aberto em outra. Tudo isso foi feito exatamente no sentido de buscar mais segurança", completou.

"Para que possamos fazer essa retomada com segurança, sem perder todo o esforço realizado, nós estamos trazendo essa fase de transição, esse período de duas semanas que vai mostrar a nossa capacidade de trabalhar junto pela ciência da saúde, pela ciência da economia, pela ciência humana. Fazendo juntos o trabalho que é buscar proteger vidas, empregos, e combater a fome", disse Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico.


Fonte: g1.globo.com

últimas